São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2001

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Ex-secretário afirma que se sente vingado

GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.

O ex-secretário-geral da Presidência da República Eduardo Jorge Caldas Pereira afirmou ontem que se sentiu vingado com a decisão do juiz Casem Mazloum, da Justiça Federal de São Paulo, de excluir o seu nome dos registros criminais em que figura como "réu" ou como "investigado".
EJ diz que o Ministério Público sai arranhado depois desse episódio. A sentença, segundo ele, mostra que os procuradores fizeram um escárnio da Justiça no último ano. "Os procuradores mentiram tanto no Senado como na portaria de abertura do inquérito", afirmou o ex-secretário.
Para EJ, com a decisão do juiz, fica claro que o que se fez contra ele foi uso político deliberado por parte dos procuradores engajados no processo eleitoral. "Os procuradores tentaram apenas enxovalhar uma pessoa cujo único crime cometido foi de pertencer ao governo", afirmou.
EJ diz que, agora, espera que os órgãos responsáveis do Ministério Público, ou seja, a Corregedoria e o Procurador Geral, adotem as providências necessárias "para a limpeza do MP desses elementos perniciosos".
Para essa limpeza, EJ sugere, entre outras coisas, a criação de um mecanismo de controle externo do Ministério Público que permita a fiscalização sobre as atividades dos seus membros. EJ diz que o modelo de MP no Brasil deveria ser repensado com a adoção de um exame psicotécnico para a admissão de seus procuradores. "O exame impediria a admissão de psicopatas no MP", diz EJ. "Bin Laden perto deles é sacristão de igreja".


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