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Scala morreu em acidente
do Banco de Dados
A disputa jurídica protagonizada pelo governador Mário
Covas há 37 anos em sua cidade
natal, Santos (72 km a sudeste
de São Paulo), foi originada em
uma tragédia que comoveu a
população local.
Seis dias antes de assumir a
prefeitura, o engenheiro Luís
La Scala Júnior (PSP-PL-PSB)
morreu em decorrência de um
acidente de
carro.
La Scala
sofreu o
acidente
momentos
depois de
sair da prefeitura (ele
era diretor
de Obras),
por volta de
12h30, do
dia 4 de
abril de
1961. Era
sua hora de
almoço e
ele ía para
casa de táxi.
Chovia e a
pista estava
escorregadia. Num
cruzamento, o táxi foi
abalroado
por um carro de uma auto-escola.
Uma das portas se abriu e La
Scala foi lançado para fora do
carro e bateu a cabeça na sarjeta. Foi levado a um hospital,
onde ficou internado.
Sua diplomação como prefeito aconteceu horas depois do
acidente, mas foi apenas um
ato formal. O deputado federal
Rubens Ferreira Martins, seu
colega do PSP, esteve na solenidade em seu lugar.
La Scala ficou internado e
morreu quatro dias após o acidente. Ficou o tempo todo inconsciente. Era o dia 8 de abril
de 1961. Sua posse estava marcada para o dia 14.
Ele havia sido eleito com
28.286 votos, enquanto Mário
Covas, segundo colocado, havia recebido 22.369
votos.
Seu enterro foi um
acontecimento em
Santos. Calculou-se na
época que
80 mil santistas
acompanharam o
cortejo.
Com a
morte de La
Scala, no
fim de tudo
José Gomes
(PTB), seu
vice, assumiu o cargo.
Mas seu
governo foi interrompido logo
no início do regime militar. Ele
foi cassado pelo AI-1 (Ato Institucional nš 1) em 15 de junho de
1964. Como a cidade não tinha
vice-prefeito, assumiu o cargo
um militar, o comandante Fernando Ridel.
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