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MINISTÉRIO
Gil diz que sofreu pressões do PT contra mudanças na Cultura
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse ontem que o
afastamento do presidente
da Funarte (Fundação Nacional de Arte), Antonio
Grassi, e do secretário de Articulação Institucional do
MinC, Márcio Meira, gerou
pressões do Partido dos Trabalhadores.
Os dois demitidos são ligados ao PT, que divulgou nota
criticando a decisão, dia 8.
Gil esteve no Rio ontem, na
posse do novo presidente da
Ancine (Agência Nacional do
Cinema), Manoel Rangel, na
sede da Firjan (Federação
das Indústrias do Estado do
Rio). Rangel substitui Gustavo Dahl, que dirigia a agência
desde a fundação, em 2001.
O ministro da Cultura disse ontem ter sido procurado
por integrantes do PT para
reclamar de sua decisão de
demitir os dois nomes que
ocupavam os cargos indicados pelo partido. Gil considerou as abordagens normais.
"É claro [que houve reclamações], mas as reclamações
são de ordem basicamente
política, partidária", afirmou. Para ele, porém, não
houve mal-estar no ministério por conta do afastamento
de Grassi e Meira.
"Não, até agora, não [houve mal-estar]. Tivemos uma
conversa, eu e ele [Grassi],
longa tranqüila, e vamos ter a
substituição", explicou, sem
se estender no assunto. Para
continuar no cargo, Gil teria
pedido autonomia a Lula para as nomeações.
O ministro já escolheu o
seu favorito para ocupar a
presidência da Funarte, mas
disse que aguarda a resposta
do ator e diretor de teatro
Celso Frateschi, também ligado ao PT. Ele foi secretário
municipal de Cultura em São
Paulo, na gestão Marta Suplicy, e em Santo André, sob
o comando do prefeito Celso
Daniel.
O cineasta Manoel Rangel,
novo presidente da Ancine, é
ligado ao PC do B e comandará a agência até 2009.
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