São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Manifesto apóia pacote que visa compensar CPMF

DA REDAÇÃO

Antigos aliados voltaram ontem a sair em defesa do governo Lula. Agora, em prol das medidas anunciadas pelo Palácio do Planalto para compensar as perdas com o fim da CPMF (o chamado imposto do cheque).
João Pedro Stedile, da direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), d. Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP) e membro da Comissão de Justiça e Paz, da CNBB, José Antônio Moroni, diretor da Abong (Associação Brasileira de ONGs), e Emir Sader, secretário-executivo do Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais) e professor da Uerj, lançaram o manifesto intitulado "Por uma reforma tributária justa", publicado ontem pela Folha.
No texto, afirmam que as classes dominantes, por meio de seus representantes no Congresso, derrubaram a CPMF -um tributo, segundo eles, que taxava principalmente os mais ricos.
Aplaudiram a medida compensatória do Palácio do Planalto, que elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): "Essas propostas foram acertadas e justas, atingindo sobretudo os bancos, o sistema financeiro e as empresas estrangeiras, apontando para o combate à desigualdade social e para o desenvolvimento nacional".
Por fim, afirmam que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) fizeram uma "campanha mentirosa contra as propostas do governo". A Fiesp sempre disse que a CPMF é um tributo em cascata e que o governo não precisa dela para equilibrar as contas. Quando Lula anunciou as medidas para substituí-la, a entidade disse que era melhor cortar gastos. A Febraban declarou que os bancos repassarão os novos custos aos clientes.
O texto também foi enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) mostra uma significativa mudança de tom. Stedile, por exemplo, afirmou nesta semana que o governo precisa criar "vergonha na cara" e cumprir promessas de campanha.


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