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Cortes vão atingir 28 categorias, afirma estudo
DA REDAÇÃO
Pelo menos 28 categorias de
servidores públicos devem sofrer congelamento nos aumentos salariais. Entre elas, Saúde,
Trabalho, Previdência, Fazenda, Agricultura, Educação, Justiça e Banco Central. O levantamento foi feito pela subseção
do Dieese na Condsef (Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal), ligada à CUT e maior entidade do
funcionalismo.
"Nosso eixo de atuação depende do dia 23, quando teremos reunião de fôlego com o
governo e as pretensões serão
oficializadas. Se for confirmado
o que vem se constatando nas
falas, vamos soltar orientação
para haver assembléias nos Estados e, depois do Carnaval, vai
haver plenária nacional, onde
vamos tomar a decisão da greve", diz Sérgio Ronaldo da Silva,
da direção da Condsef.
"Sentimos que os trabalhadores estão dizendo que estão
prontos para agir. Não dá para
ter a paciência que o Paulo Bernardo quer", complementa
Costa, segundo quem cerca de
500 mil servidores ligados à entidade podem ser atingidos.
Já as maiores centrais sindicais do país adotam um discurso mais cauteloso e evitam falar
em greve. Ontem, elas fizeram
reunião e prometem divulgar
um manifesto no próximo dia
21, criticando, entre outros
pontos, o congelamento do aumento salarial para servidores
e a possível diminuição de novas contratações.
Participaram do encontro
CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical,
CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), UGT
(União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil) e Nova Central Sindical.
"Precisamos de uma reforma
tributária justa, na qual quem
acumulou riquezas possa pagar
por isso. E rever o superávit
primário. A valorização do serviço público é fundamental,
não só mantendo os acordos,
mas fazendo concursos e contratando mais", diz Rosane Silva, Secretária de Política Sindical da CUT, que evita falar em
greve. "Greve é chamada pelos
servidores públicos, não debatemos ainda pois precisa debater com eles."
O secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que "as centrais decidiram que os trabalhadores não vão pagar". Já o
secretário-geral CGTB, Carlos
Pereira, critica a oposição por
conta da CPMF. "Achamos que
o PAC tem que ser mantido, os
programas sociais têm que ser
mantidos, os acordos sacramentados têm que ser mantidos", afirma. "O governo ainda
não definiu, está havendo discussão e os trabalhadores vão
dar sua opinião."
(FERNANDO BARROS DE MELLO)
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