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TJ decidiu ao julgar recurso de prefeito acusado
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma acusação de improbidade administrativa feita pelo
Ministério Público contra o
prefeito de Dracena (SP), Elzio
Stelato Júnior (PSDB), desencadeou o processo que levou a
9ª Câmara de Férias do Tribunal de Justiça de São Paulo a decidir sobre a constitucionalidade da lei que ampliou o foro
privilegiado.
Stelato é acusado, segundo o
promotor do Ministério Público em Dracena Antônio Simini
Júnior, de favorecimento na
contratação de professores, supostamente intervindo em
concurso público realizado no
final do ano passado na cidade.
O foro privilegiado representa proteção de autoridades
contra processos judiciais na
primeira instância. Uma lei
sancionada pelo ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso
em 24 de dezembro passado estendeu o foro privilegiado para
ações de improbidade -caso
de Stelato- e o preservou depois que a autoridade deixa o
cargo público. Pela lei, Stelato
teria que ser julgado diretamente pelo TJ.
O prefeito diz que o concurso
"foi feito com honestidade" e
que o pedido ao TJ por foro privilegiado -contestando a validade da decisão do juiz de primeira instância que concedeu
uma liminar que anulava o
concurso- evitaria "o acaloramento político" do município,
"que influenciaria a decisão".
O TJ decidiu pela inconstitucionalidade da lei federal que
amplia o foro privilegiado e
manteve a decisão do juiz de
primeira instância. O advogado do prefeito, Osvaldo Pestana, diz que vai recorrer ao STJ
(Superior Tribunal de Justiça)
da decisão.
(RAFAEL CARIELLO)
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