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Setor de biotecnologia teme que
invasão afugente investimentos
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Entidades e empresas de biotecnologia e celulose manifestaram
ontem o temor de que a invasão e
depredação do horto florestal da
Aracruz em Barra do Ribeiro
(RS), ocorrida na quarta-feira,
afugente investimentos no Brasil.
O presidente da Abrab (Associação Brasileira das Empresas de
Biotecnologia), Guilherme Emerich, diz que ""o que foi feito pode
gerar problemas sérios de investimentos e desenvolvimento".
O presidente da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), Osmar Elias Zogbi, diz que o
setor está preocupado e reclama
do ""sentimento de insegurança
existente no Brasil": ""Duas ou três
empresas já postergaram seus investimentos no Brasil. Um quadro desses faz com que os investidores pensem mais de uma vez
para fazer investimentos".
Apesar de garantir que o Rio
Grande de Sul continua nos planos da empresa para futuros investimentos, o diretor de operações da Aracruz, Walter Lidio Nunes, afirmou que vai adiar por
dois meses o anúncio da possibilidade de ampliação dos negócios
em Guaíba (RS). O comunicado
estava previsto para este mês.
A possibilidade de adiamento
foi informado a Nunes pelo presidente da Aracruz, Carlos Aguiar.
A empresa estima que o prejuízo
foi de US$ 800 mil, mas que pode
ultrapassar os US$ 2 milhões.
Otávio Pontes, vice-presidente
para a América Latina da Stora
Enso, que planeja investir entre
US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão
numa fábrica no Estado, diz que
isso pode prejudicar o Brasil: "No
Uruguai, a gente não vê movimentos sociais como o MST".
A VCP (Votorantim Celulose e
Papel) diz que "acredita na manutenção da lei e condutas democráticas do Estado do Rio Grande do
Sul e confia no rigor da apuração
dos fatos e ação da Justiça".
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