São Paulo, sábado, 11 de março de 2006

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Setor de biotecnologia teme que invasão afugente investimentos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Entidades e empresas de biotecnologia e celulose manifestaram ontem o temor de que a invasão e depredação do horto florestal da Aracruz em Barra do Ribeiro (RS), ocorrida na quarta-feira, afugente investimentos no Brasil.
O presidente da Abrab (Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia), Guilherme Emerich, diz que ""o que foi feito pode gerar problemas sérios de investimentos e desenvolvimento".
O presidente da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), Osmar Elias Zogbi, diz que o setor está preocupado e reclama do ""sentimento de insegurança existente no Brasil": ""Duas ou três empresas já postergaram seus investimentos no Brasil. Um quadro desses faz com que os investidores pensem mais de uma vez para fazer investimentos".
Apesar de garantir que o Rio Grande de Sul continua nos planos da empresa para futuros investimentos, o diretor de operações da Aracruz, Walter Lidio Nunes, afirmou que vai adiar por dois meses o anúncio da possibilidade de ampliação dos negócios em Guaíba (RS). O comunicado estava previsto para este mês.
A possibilidade de adiamento foi informado a Nunes pelo presidente da Aracruz, Carlos Aguiar. A empresa estima que o prejuízo foi de US$ 800 mil, mas que pode ultrapassar os US$ 2 milhões.
Otávio Pontes, vice-presidente para a América Latina da Stora Enso, que planeja investir entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão numa fábrica no Estado, diz que isso pode prejudicar o Brasil: "No Uruguai, a gente não vê movimentos sociais como o MST".
A VCP (Votorantim Celulose e Papel) diz que "acredita na manutenção da lei e condutas democráticas do Estado do Rio Grande do Sul e confia no rigor da apuração dos fatos e ação da Justiça".


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