|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Servidor leva cerca de 2h até nova sede de MG
Distância é a principal queixa entre os funcionários já instalados na Cidade Administrativa, a 20 km do centro de BH
Maioria dos servidores vê mais pontos positivos do que negativos na mudança; os elogios se concentram nas condições de trabalho
BRENO COSTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Um político que embarque
no aeroporto de Brasília, chegue a Confins (MG) e pegue um
táxi até a Cidade Administrativa Tancredo Neves para audiência com o governador Aécio Neves (PSDB) tem grandes
chances de chegar mais cedo
que um servidor que saia da região centro-sul de Belo Horizonte e vá de transporte público para o trabalho.
Ontem, saindo da região da
Savassi às 11h14, a reportagem
da Folha levou uma hora e 51
minutos para chegar à Cidade
Administrativa, a cerca de 20
quilômetros do centro. Na volta, à tarde, pegando dois ônibus
e um metrô ao longo de 12 estações, foi gasta uma hora e 15
minutos no percurso.
A localização da nova sede do
governo é o principal motivo de
queixa entre os 2.864 servidores que já estão trabalhando no
local. O número representa
menos de 20% das quase
16.300 pessoas que estarão na
nova sede até outubro, quando
termina o período de desocupação dos imóveis atualmente
usados pela estrutura administrativa do governo, em BH.
Luiz Manoel Maia de Oliveira, 23, trabalha para uma ONG
que presta serviço no novo
complexo e está há um mês na
nova rotina. Ele usa seu próprio carro para ir ao trabalho.
"Já deu pra sentir no bolso a
diferença. Gasto o dobro de
combustível de antes. Estamos
vendo se conseguimos fechar
uma van com oito pessoas para
trazer a gente aqui", disse.
Para facilitar a adaptação,
Aécio reduziu a jornada dos
servidores de oito para seis horas diárias, até o final do ano.
Apesar da queixa com relação ao tempo de deslocamento,
a maioria dos servidores vê
mais pontos positivos do que
negativos na mudança. Os elogios se concentram nas condições de trabalho.
Apesar de ainda não contar
com estrutura mínima de serviços (não há farmácias ou lanchonetes no local), o complexo
projetado por Oscar Niemeyer
agradou os servidores ouvidos
pela reportagem.
Cada servidor tem uma estação própria de trabalho, feita
em madeira certificada, com
computador e telefone individual. Ar-condicionado central
e ambiente acarpetado também são diferenças significativas em relação aos ambientes
de algumas das antigas instalações do governo.
Texto Anterior: Toda Mídia - Nelson de Sá: Recato Próximo Texto: Análise: Obra tem olhos voltados ao futuro Índice
|