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OUTRO LADO
Decisão foi injusta, afirma ex-mulher de desembargador
DA REPORTAGEM LOCAL
"Foi uma decisão injusta",
afirmou ontem a advogada
Maria Cristina Aparecida de
Souza Figueiredo Haddad, 55,
separada há cerca de um ano e
meio do desembargador Roberto Haddad.
Maria Cristina disse não ter
envolvimento com a denúncia
recebida ontem pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre suposta falsificação de dados do Imposto de Renda. Afirmou ainda não conhecer Cláudio Maldonado Machado, funcionário da Receita Federal em
São Paulo também investigado.
"É uma grande injustiça. Não
falsifiquei nada, não roubei nada, não fiz nada de errado. O
que vocês estão fazendo é uma
injustiça", disse a advogada.
"Roberto [Haddad] é um homem público, mas eu e meus filhos não. Não sou milionária, sou do povo, pago todas as minhas contas com muito trabalho", afirmou Maria Cristina.
Roberto Haddad, afastado
ontem pelo STJ, foi procurado
seis vezes ontem pela Folha,
mas não foi localizado. A reportagem ligou para seu celular
e para os telefones fixos de sua
casa e de seu gabinete no Tribunal Regional Federal da 3ª
Região em São Paulo.
Na primeira vez que a reportagem tentou o celular, o desembargador atendeu e se
identificou. Ao ser informado
de que conversava com uma
jornalista, desligou.
No gabinete, às 17h, funcionários informaram que ele havia saído e não retornaria. A
Folha apurou que Haddad
acompanhou o julgamento do
STJ longe do prédio da Justiça
em São Paulo. As notícias chegavam a ele por meio de telefonemas de assessores.
O TRF informou, por meio
de sua assessoria, que o órgão
não iria se pronunciar. Disse
apenas que a decisão precisa
ser cumprida, não discutida.
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