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PAINEL S/A
Não quer confusão
O PMDB vai dirigir a CPI dos
Bancos para longe do Planalto.
Pelo andar da carruagem, no
máximo mira em Chico Lopes,
que não se entendia com Malan
(Fazenda) quando estava no
Banco Central. E em um ou dois
remanescentes na atual diretoria
do BC. Fraga está fora do alvo.
Apoio geral...
Fechada a sucessão no PSDB:
Teotonio Vilela (AL) acertou os
apoios de FHC, Mário Covas e
Tasso Jereissati, durante a semana, e fica mais um ano no comando tucano. Apenas Dante de
Oliveira (MT) insiste no nome de
Covas, que não quer.
...mas não irrestrito
José Serra (Saúde), que defende alguém de perfil mais agressivo na presidência do PSDB, também fechou com Teotonio Vilela. "Mas sem entusiasmo", fez
questão de ressalvar, em conversa com o próprio Teo.
Mui amigos
Paulo Renato (Educação) e
Serra (Saúde) são amigos de
Martus Tavares, mas lamentaram que FHC o tenha convencido a ficar na Secretaria Executiva
do Ministério de Orçamento e
Gestão. Acham que Barjas Negri
é mais sensível aos apelos por recursos da área social.
Corrida mineira
Aécio Neves faz o discurso da
"agenda positiva" tucana nesta
semana de olho em sua disputa
particular com Pimenta da Veiga. O ministro sofreu uma baixa
com o vazamento da ameaça de
exclusão do PMDB do governo.
A conferir
De Jader Barbalho, sobre a suspeita de que a CPI dos Bancos
acabará em pizza: dizia-se o
mesmo da CPI dos Precatórios,
que ele requereu e que acabou
atingindo mortalmente dois governadores do PMDB (Paulo
Afonso e Divaldo Suruagy).
Avenida paulista
Assim como a CPI dos Bancos
tem alvo definido para começar
(o socorro do BC aos bancos
Marka e FonteCindam), a do Judiciário vai concentrar seus esforços iniciais em São Paulo.
Estratégia tucana 1
Vereadores e deputados do
PSDB foram aconselhados por
caciques do partido a centrar fogo em Paulo Maluf e a baixar a
bola, nos bastidores, da proposta
de impeachment do prefeito
paulistano, Celso Pitta.
²
Estratégia tucana 2
Para lideranças tucanas, destituir Pitta, que de qualquer jeito
não teria muito fôlego político
mesmo, seria devolver a prefeitura de SP para a aliança Maluf-PFL. E dar gás no Estado ao projeto de poder de ACM para 2002,
que passa pelo pepebista.
²
Lógica policial
A primeira providência do relator da CPI dos Bancos, João Alberto (MA), será pedir a relação
dos investidores do Marka e do
FonteCindam. Objetivo: descobrir a quem interessava o crime,
se é que houve algum no socorro
do BC aos bancos.
Contra o feiticeiro
O lobby dos juízes classistas
contava até a semana passada
com o apoio firme de 25 senadores. Apoio que virou fumaça depois que Osmar Dias (PSDB-PR)
denunciou que lhe ofereceram
dinheiro para entrar na turma.
Hora errada
A filha de um ministro do Supremo vai engrossar a lista do
desemprego. Estava tudo certo
para ela ir trabalhar no gabinete
de um ministro amigo do STJ
(Superior Tribunal de Justiça).
Não deu. Motivo: apareceu uma
CPI no meio do caminho.
Fome federal
A Receita está vasculhando os
autos da multa de R$ 191 mi que
o fisco do Pará aplicou à Companhia Vale do Rio Doce por sonegação de ICMS. Para ver se sobra
algum para o Leão.
Me engana que eu gosto
O ministro Sarney Filho (Meio
Ambiente) telefonou para Jader
Barbalho a fim de pedir desculpas por haver demitido um aliado seu da direção do Ibama no
Pará: "Eu pensei que era um cara
do Almir Gabriel". Jader só aceita a recondução do protegido.
E-mail: painel@uol.com.br
TIROTEIO
Do senador Carlos Wilson
(PSDB-PE), aliado de ACM, sobre as denúncias de nepotismo
no Senado:
- Há muitos senadores que ficam jogando para a platéia, mas
têm parentes trabalhando em
seus gabinetes e nos dos colegas.
O melhor que o Senado tem a fazer é divulgar logo a lista de todos esses funcionários.
CONTRAPONTO
Olhômetro maranhense
A designação para o cargo de
relator da CPI dos Bancos chamou a atenção sobre João Alberto (PMDB-MA), senador em primeiro mandato e ainda pouco
conhecido no Senado.
Ate agora, o feito mais conhecido de João Alberto foi uma desastrada atuação na Comissão de
Relações Exteriores do Senado,
durante a discussão da indicação
de Rubens Barbosa para a embaixada em Washington.
Presidindo a sessão, Carlos
Wilson (PSDB-PE) designou
João Alberto para ser o escrutinador da votação, que é feita por
meio de bolas brancas (a favor) e
pretas (contra).
Quando Wilson pediu o resultado, João Alberto declarou:
- 15 a 0 a favor.
Do fundo da sala, Lauro Campos (PT-DF) protestou. Havia
votado contra. Houve um momento de constrangimento. Wilson cobrou de João Alberto, que
se limitou a responder:
- Eu não contei. Mas eu ouvi o
apoio...
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