da Folha Ribeirão

O gerente de vendas Nelson Marotti Filho, 42, recebeu neste mês uma conta da Telefônica no valor R$ 73.741.802,97 -valor próximo ao Orçamento anual da cidade de Rio Claro (175 km de São Paulo), onde vive.
O caso aconteceu depois que o dono da linha precisou transferir o telefone de endereço. A conta tinha data de vencimento em 6 de abril.
"Não teria esse valor nem em 200 anos", disse Marotti Filho. A cidade de Rio Claro, por exemplo, que arrecada R$ 66 milhões em impostos, deve gastar este ano cerca de R$ 90 milhões com obras e serviços públicos.
Na descrição do débito, a Telefônica indica que o dono da linha residencial gastou R$ 73.741.823,50 com o serviço de indicador de chamadas (bina) no mês. Normalmente, é cobrado pelo serviço R$ 15 mensais.
Marotti Filho, usuário de débito automático em conta, só descobriu o tamanho da dívida quando foi convocado pelo banco.
"O gerente do banco estranhou o valor e me chamou."
No mesmo dia, o gerente de vendas ligou para a Telefônica e depois de quatro horas foi informado de que deveria desconsiderar a primeira conta.
Ele recebeu uma nova conta e pagou o valor correto, R$ 53. "O erro poderia ter sido mais discreto e não seria notado", declarou.
Marotti Filho disse que só conseguiu fazer a transferência do endereço do telefone depois de denunciar ao Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) de Rio Claro. A empresa teria alegado problemas técnicos na linha que impediam a transferência. O gerente de vendas ficou 30 dias sem telefone, até que a Telefônica fizesse a transferência do bairro São Judas Tadeu para o Jardim São Paulo.
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Outro lado A assessoria de imprensa da Telefônica de São Paulo informou que, possivelmente, o erro na conta de Marotti Filho foi de digitação, mas ainda está apurando responsabilidades no caso. Uma informação mais detalhada ainda será divulgada pela empresa.
Segundo a assessoria, a empresa mantém um serviço de atendimento ao assinante para esclarecer dúvidas sobre as tarifas.



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