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Suspeito no caso do túnel depõe hoje
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um funcionário da Prefeitura
de São Paulo, suspeito de rasurar
uma planilha de custos do túnel
Ayrton Senna em R$ 5 milhões a
mais do que o previsto, deve ser
ouvido hoje, às 14h, pela polícia.
O inquérito criminal apura denúncias de superfaturamento da
obra e de desvio de verbas para
campanhas políticas ligadas ao
ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
No documento consta que o orçamento de um trecho do túnel
passou de R$ 23 milhões para R$
28 milhões.
O autor das rasuras, segundo
agentes públicos ouvidos pela polícia, foi um técnico da Emurb
(Empresa Municipal de Urbanização) conhecido como Florísio.
O delegado Célio Gomes de Andrade disse que vai ouvir pelo menos seis pessoas -entre agentes
públicos e funcionários de empreiteiras-, antes de intimar Maluf e o ex-secretário de Obras Reynaldo de Barros. "Se as irregularidades forem comprovadas, eles
podem ser indiciados por crime
de corrupção", afirmou.
Maluf e Reynaldo de Barros têm
rebatido as acusações alegando
que as contas do município foram
aprovadas pelo TCM e pela Câmara Municipal.
"Fantasmas"
O secretário de Governo de São
Paulo, Carlos Augusto Meinberg,
deve ser ouvido hoje pela polícia
sobre seu suposto envolvimento
na indicação de funcionários fantasmas na Anhembi.
O nome dele e o de seu antecessor, Edevaldo Alves da Silva, foram citados por pelo menos 20
pessoas, segundo a polícia.
Na próxima terça é a vez de Maluf depor sobre as mesmas acusações. O prefeito Celso Pitta, que
também foi intimado, ainda não
confirmou a data de seu depoimento -ele tem prerrogativa para agendar sua ida à delegacia.
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