São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2000


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Suspeito no caso do túnel depõe hoje

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um funcionário da Prefeitura de São Paulo, suspeito de rasurar uma planilha de custos do túnel Ayrton Senna em R$ 5 milhões a mais do que o previsto, deve ser ouvido hoje, às 14h, pela polícia.
O inquérito criminal apura denúncias de superfaturamento da obra e de desvio de verbas para campanhas políticas ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
No documento consta que o orçamento de um trecho do túnel passou de R$ 23 milhões para R$ 28 milhões.
O autor das rasuras, segundo agentes públicos ouvidos pela polícia, foi um técnico da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) conhecido como Florísio.
O delegado Célio Gomes de Andrade disse que vai ouvir pelo menos seis pessoas -entre agentes públicos e funcionários de empreiteiras-, antes de intimar Maluf e o ex-secretário de Obras Reynaldo de Barros. "Se as irregularidades forem comprovadas, eles podem ser indiciados por crime de corrupção", afirmou.
Maluf e Reynaldo de Barros têm rebatido as acusações alegando que as contas do município foram aprovadas pelo TCM e pela Câmara Municipal.

"Fantasmas"
O secretário de Governo de São Paulo, Carlos Augusto Meinberg, deve ser ouvido hoje pela polícia sobre seu suposto envolvimento na indicação de funcionários fantasmas na Anhembi.
O nome dele e o de seu antecessor, Edevaldo Alves da Silva, foram citados por pelo menos 20 pessoas, segundo a polícia.
Na próxima terça é a vez de Maluf depor sobre as mesmas acusações. O prefeito Celso Pitta, que também foi intimado, ainda não confirmou a data de seu depoimento -ele tem prerrogativa para agendar sua ida à delegacia.


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