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Na escola, bonitão e estudioso; casou com "princesa" judia depois de namorar miss Brasil
Empresário evita mundanismo
JOYCE PASCOWITCH
Colunista da Folha
Agora sim Benjamin Steinbruch virou uma espécie de
"cyber man", o poder em ação,
"he-man" das elites. Mas quem
o visse há uns 30 anos, quando
ele tinha 13 e circulava com um
bando de colegas no pátio do Colégio Rio Branco -do qual fazia
parte, entre outros rapazes e garotas de fino trato, Antonio Ermírio de Moraes Filho, o júnior
do que viria a ser seu maior concorrente no leilão da Vale do Rio
Doce- jamais imaginaria que
aquilo daria nisso.
Bonitão, namorador na medida, estudioso "pero no mucho". Festas, jogos de futebol e
tudo aquilo que fazia a época. Típico adolescente de família judaica, nada indicava que o garoto chegaria tão lá: nunca demonstrou especial apreço por
flashes ou qualquer tipo de vitrine, nem aquela famosa mania de
grandeza, nada disso. Tudo sempre muito discreto, muito família. Depois da faculdade, hora de
casar. Alguns namoros antes
-de uma lista que incluiu uma
ex-miss Brasil, Martha Jussara-
e pumba, casamento com uma
"princesa" tão judia quanto ele.
Bonita, 18 anos mais moça, Carolina Justus segura bem o tranco. Três filhos aos 25 anos, ela sabe seu papel: tudo muito discreto, sem frescuras. Jantares para
30 poderosos? Isso é com ela
mesmo, pim-pam-pum e o
"château" que a família ocupa
em Cidade Jardim, meio bunker,
está pronto para as conversas
mais sigilosas. Enquanto ela cuida da casa, filhos, e dela mesma,
ele voa todos os dias para o Rio,
vai e volta -sempre morrendo
de medo de andar de avião. De
carreira, que fique bem claro.
Anda de carro blindado e uma
vez, com um revólver grudado
em seu vidro a caminho de casa,
ele manteve o sangue frio -acelerou e foi embora. O ladrão é
que não entendeu nada.
Um almoço caseiro no apartamento de Ruth Cardoso em São
Paulo, junto com o primeiro filho Paulo Henrique, seu ex-funcionário na CSN, atual na Light,
muda raramente a rotina de trabalho.
Prazeres outros, só raras partidas de tênis -em casa, com amigos e família. Nada de mundanismos ou excentricidades: uma
estréia de teatro -tipo um dos
espetáculos estrelados pelo empresário José Maurício Machline, por exemplo- e um casamento na casa de Naji Nahas
acontecem só de vez em quando.
O resto é muito trabalho, família
e nada de rock'n'roll.
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