São Paulo, domingo, 11 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

País vive "lambança ética", diz Alckmin

Na véspera da convenção do PSDB, pré-candidato tucano ao Planalto ataca governo federal e defende união com PFL

Em ato dos pefelistas de SP, Serra também não poupa presidente Lula e chama a gestão da economia de "bomba de efeito retardado"

MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, fez ontem pela manhã, na convenção estadual do PFL, um discurso em que pregou a união em torno da campanha tucana e criticou o governo federal. O tom do discurso de Alckmin foi entendido como uma prévia do que deve ser dito hoje, na convenção nacional dos tucanos, em Belo Horizonte (MG). Sem decolar nas pesquisas eleitorais e às voltas com problemas na sua base de apoio, o ato de hoje é visto como um ponto de crescimento de sua candidatura.
Ao lado das principais lideranças pefelistas e do candidato do PSDB ao governo do Estado, José Serra, Alckmin fez referência ao escândalo do mensalão. Para o ex-governador, o país vive uma "lambança ética, uma roubalheira que enche uma lista telefônica".
Mais tarde, Serra atacou o governo federal afirmando que as ações da gestão petista na economia eram uma "bomba de efeito retardado" e que, na área social, havia só "efeitos de marketing".

"Uma só campanha"
Em seu discurso, Alckmin demonstrou otimismo em relação ao desempenho do partido no Estado. "Não podemos ter um candidato melhor para governar São Paulo. Vamos ganhar no primeiro turno aqui", disse, em referência a Serra.
O ex-prefeito da capital, por sua vez, tentou minimizar a euforia. "Nós estamos muito adiante nas pesquisas, mas pesquisas não ganham eleição. Temos que trabalhar duro até o fim para transformar pesquisa em resultado", afirmou Serra.
Na convenção de ontem, os pefelistas homologaram o nome de Guilherme Afif Domingos como seu candidato majoritário. O presidente licenciado da Associação Comercial de São Paulo vai compor a chapa com Serra, devendo ficar com a vaga de senador ou como vice-candidato.
Tentando demonstrar união entre as campanhas, Serra afirmou que Alckmin e seu vice, o pefelista José Jorge (PE), iriam "reabrir no Brasil as portas da esperança, que foram fechadas nos últimos anos".
Em seguida, disse que o PSDB não terá duas campanhas. "Nós estaremos falando deles quando eles aqui não estiverem. E eles falarão em nosso nome", declarou Serra.


Texto Anterior: Janio de Freitas: A insegurança dos votos
Próximo Texto: Eleições 2006/Estados: Petistas e tucanos terão seis aliados comuns nos Estados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.