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São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 2003

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PAINEL

Nova proposta
A fim de tentar agradar aos governadores, o Planalto encontrou uma fórmula para dar maior liberdade de gastos aos Estados, sem provocar a redução de aplicações em educação e saúde. Incluirá na reforma um dispositivo denominado Fator de Flexibilização Orçamentária.

Cálculo federal
Por meio desse dispositivo, os Estados terão de separar da sua receita os seguintes itens: despesas obrigatórias com educação e saúde, transferências para municípios e pagamentos de dívidas e salários. O resto, cerca de 20%, poderá ser usado livremente pelos governadores.

Mais ou menos
Pela nova proposta, seriam extintas as outras vinculações obrigatórias de gastos dos Estados. O problema é que os governadores queriam justamente ter liberdade para usar recursos que hoje, pela legislação, têm de aplicar em educação e saúde.

Até o último segundo
Paes de Andrade viajou com Lula para Lisboa, mas não pôde tomar posse na Embaixada do Brasil. Dias antes de ser exonerado, José Gregori tirou férias. Só deixará o cargo quando voltar de viagem e for informado oficialmente da dispensa.

Meio-campo
Após dez dias de espera, Suplicy conseguiu marcar para hoje audiência com José Dirceu (Casa Civil). Oficialmente, vão falar de programas de transferência de renda. Na pauta extra-oficial, o caso Heloísa Helena.

Sem interrupção
Ronaldo Caiado apresentou às presidências da Câmara e do Senado requerimento assinado por 270 congressistas incluindo a reforma política na pauta da convocação extraordinária.

Problema de saúde
Líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante está acamado, com fortes dores na coluna. É possível que o petista tenha de passar por uma cirurgia.

Agenda pessoal
Marta Suplicy, segundo a sua assessoria de imprensa, não participou anteontem das comemorações dos 71 anos da Revolução de 32 por estar em uma "reunião de trabalho, que já estava marcada". "Uma reunião de trabalho, não como prefeita, mas como Marta Suplicy."

O sub do sub
Hélio Bicudo foi escalado inicialmente para substituir Marta na cerimônia. Mas, como o vice foi consultado em cima da hora e já tinha compromisso marcado em Brasília, Maximino Filho, comandante da Guarda Civil Metropolitana, acabou representando a prefeita de SP.

Só em primeiro plano
É a segunda vez que Marta falta às comemorações do 9 de Julho, quebrando uma tradição. Tucanos têm uma explicação psicológica para a atitude: a prefeita não gosta de participar de cerimônias organizadas por Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

Visitas à Folha
O economista Yoshiaki Nakano, diretor da Escola de Economia de São Paulo da FGV-SP, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio e editor do site "Primeira Leitura", e José Arthur Giannotti, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço. Estavam acompanhados do jornalista Reinaldo Azevedo, diretor de Redação do site "Primeira Leitura", e de Alberto Morelli, assessor de imprensa da Escola de Economia da FGV.
 
Pedro Renato Eckersdorff, presidente da Associação Brasileira de Telemarketing, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Oscar Teixeira Soares, presidente do Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos, de José Luiz Sanches, diretor-geral da Red Line, e de Jaime Brener, da Ex-Libris Assessoria e Edições.

TIROTEIO

Do deputado federal João Herrmann (PPS), elogiando o desempenho de Lula em suas viagens ao exterior:
-FHC deve estar rolando de raiva no berço de ex-presidente da República. Lula tem se saído tão bem que ofuscou o prestígio internacional de FHC e acabou com o seu sonho de ser secretário-geral da ONU.

CONTRAPONTO

Bola em jogo

Deputados federais foram à Assembléia do Mato Grosso do Sul na última segunda debater a reforma da Previdência. Na chegada, souberam pelo deputado Waldemir Moka (PMDB-MS) que o plenário estava lotado de manifestantes. Comparando a audiência à da final da Copa Libertadores, Moka perguntou a João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara:
-O time de vocês veio preparado para a batalha? O estádio aqui está como o La Bombonera (campo do Boca Juniors, famoso pela pressão da torcida).
Otimista, João Paulo disse:
-Não sairemos de campo como o Santos. Vamos vencer.
Mais realista, Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou:
-Vamos jogar fechados, na retranca, porque um empate aqui está de bom tamanho.
Nenhum dos dois acertou o palpite: os manifestantes vaiaram os deputados governistas.


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