|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FOLHA ELEIÇÕES 2000
SÃO PAULO
Segundo a Secretaria de Segurança do Estado, pepebista foi o que menos adquiriu revólveres, pistolas e veículos à corporação
Maluf investiu menos na Polícia Militar durante sua gestão como governador
PATRICIA ZORZAN
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PPB à Prefeitura
de São Paulo, Paulo Maluf, foi o
governador que menos investiu
na compra de equipamentos para
a Polícia Militar -encarregada
dos policiamentos preventivo e
ostensivo do Estado e da capital- desde 1979.
A segurança pública é de responsabilidade do governador do
Estado. Apesar de ter investido
menos nesse item do que todos os
seus sucessores no cargo, Maluf
vem afirmando em sua campanha que assumirá o combate à
violência caso eleito prefeito.
Segundo dados da Secretaria de
Segurança do Estado de São Paulo, o pepebista foi o que menos
adquiriu revólveres, pistolas e veículos para a corporação entre os
cinco governos abordados.
Na gestão malufista, conforme a
secretaria, não houve ainda nenhuma aquisição de algemas, de
coletes à prova de balas e dos dois
tipos mais comuns de cassetetes
utilizados pelos oficiais.
Maluf adquiriu, por exemplo,
13,96% do total de revólveres e
pistolas e 28,33% do total de veículos comprados pelo governador tucano Mário Covas, o que
numericamente mais investiu no
setor no período analisado.
Os cálculos levam em conta
apenas os quatro primeiros anos
da administração do PSDB.
Se comparadas ao efetivo da
corporação no ano em que Maluf
deixou o governo do Estado
-54.767 homens, de acordo com
a secretaria-, as armas adquiridas pelo pepebista durante os
quatro anos de seu mandato seriam suficientes para equipar apenas 6,89% dos policiais.
Já no caso do governador Mário
Covas, que terminou sua primeira
gestão com um efetivo de 81.850
homens prestando serviço à Polícia Militar, esse percentual sobe
para 33,03%.
A secretaria não forneceu dados
referentes aos equipamentos destinados à Polícia Civil.
O ex-prefeito, que, conforme o
Datafolha, tem hoje 17% da intenção de voto dos paulistanos
-ocupando a segunda colocação
na disputa, em situação de empate técnico Luiza Erundina
(PSB)-, deixou o cargo com o
menor efetivo da PM.
Foram 54.767 homens no final
da gestão Maluf, contra 61.682 no
da de Franco Montoro (83/86),
70.180 no da de Orestes Quércia
(87/90), 72.993 no da de Luiz Antonio Fleury Filho (91/94) e 81.850
no na de Mário Covas (95/98).
Conforme dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE sobre a população
residente no Estado de São Paulo
em 82, isso significa que, quando
o candidato do PPB deixou o governo, havia um grupo de 490,38
habitantes para cada policial.
No caso de Covas em 98, essa relação era de 432,62 residentes no
Estado para cada oficial da PM.
O pepebista perde ainda na
comparação entre o número de
oficiais integrados ao efetivo entre
o início e o final de sua gestão.
Enquanto o candidato ampliou
o número de policiais em 1.506
homens, seus sucessores, respectivamente, aumentaram em
5.964, 8.397, 1.848 e 8.603.
Defensor na atual campanha do
aumento da pena máxima de prisão de 30 anos para 60 anos em
casos de reincidência de crimes
hediondos, Maluf, conforme dados da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado, foi
também o único entre os cinco
governadores que não criou uma
única vaga prisional.
Texto Anterior: Veto a anistia é o 3º derrubado Próximo Texto: Pepebista admite ter feito menos do que seus sucessores no cargo Índice
|