São Paulo, domingo, 11 de agosto de 2002

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MST questiona redução na proposta agrária

DA REPORTAGEM LOCAL

O Partido dos Trabalhadores enfrenta questionamentos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). No esboço do seu programa de governo, a legenda reduzia a meta de novos assentamentos de famílias de sem-terra, em comparação com campanhas passadas.
A promessa era assentar 500 mil famílias de trabalhadores em quatro anos. Em 1994, o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia prometido, se eleito, assentar 800 mil famílias sem-terra e, em 1998, falava em 1 milhão de famílias assentadas.
Os líderes do MST reagiram ao recuo de Lula, e a opção da equipe de programa de governo foi retirar a referência ao número de famílias a serem assentadas.
A discussão sobre o caso foi adiada até que ocorra a divulgação de um caderno programático detalhando as propostas do partido para o campo.
Em reunião da Executiva Nacional semana retrasada, integrantes do MST pressionaram em defesa da revisão das metas. No PT, a avaliação é que o principal líder do movimento, João Pedro Stedile, aceita o caminho adotado pelo partido para tentar não afugentar forças políticas de centro.
Mas o temor é que líderes regionais rurais, mais vinculados a questões específicas de seus assentamentos, causem tumultos na campanha com críticas à política agrária do presidenciável.



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