DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO VELHO

O deputado Chico Paraíba (PMDB), primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembléia de Rondônia, disse que conhecia o esquema de desvios por meio da folha de pagamento paralela e que avisou seus colegas de que eles iam "se lascar".
Paraíba não aparece na lista elaborada pela Polícia Federal de deputados que recebiam pela folha paralela. Ele, no entanto, é acusado pela PF de manter uma lista paralela na cota da folha de pagamentos de Carlão de Oliveira (PSL), presidente da Assembléia, que foi preso na operação. Paraíba nega. "Eu avisei que eles [os deputados] iam se lascar nessa história de folha paralela."
Ele acusou a Assembléia de "clonar" um projeto de lei, aprovado em 28 de junho, concedendo aumento retroativo ao Ministério Público, ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o Tribunal de Justiça. "Eu era o relator, fechei o projeto na minha gaveta e fui embora. Eles aprovaram assim mesmo." Segundo ele, o mesmo ocorreu nas nomeações de conselheiros do TCE, em um acordo entre a Assembléia e o governo de Ivo Cassol.
O deputado Neri Firigolo (PT), que não está na lista da folha paralela, disse ter receio de votar nominalmente no plenário. "Nunca se discute projetos." A Corregedoria Geral do Ministério Público de Rondônia instaurou uma sindicância para apurar envolvimento de procuradores e promotores. (JOSÉ MASCHIO)

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