São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

SÃO PAULO

Petista chega a 32%; Quércia (PMDB) cresce 4 pontos e vai a 30%; Tuma (PFL) mantém 37% das intenções de voto

Mercadante sobe 13 pontos e embola disputa

LEONARDO CRUZ
DA REDAÇÃO

A subida do deputado Aloizio Mercadante (PT) embolou a disputa pelas duas vagas ao Senado por São Paulo. Pelo novo levantamento do Datafolha, finalizado anteontem, o senador Romeu Tuma, candidato a reeleição pelo PFL, tem 37% das intenções de voto, Mercadante, 32%, e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), 30%.
Mercadante subiu 13 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Quércia também cresceu -antes tinha 26%. Tuma manteve o mesmo índice da última sondagem, realizada em 15 e 16 de agosto. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Tuma pode ter entre 34% e 40%, Mercadante, entre 29% e 35%, e Quércia, entre 27% e 33%.
Isso significa que Quércia está atrás de Tuma. Mas Mercadante está em situação de empate técnico tanto com Quércia -em terceiro- quanto com Tuma -em primeiro.
O principal foco de crescimento de Mercadante se deu entre os eleitores que pretendem votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente. Na última pesquisa, Tuma e Quércia lideravam nesse segmento. Mercadante subiu 22 pontos (de 24% a 46%) e agora é o preferido dos eleitores de Lula, "colando" sua imagem à dele.
Já Quércia conseguiu melhorar seu índice ganhando espaço entre os eleitores que dizem votar em José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PPS). O ex-governador subiu de 22% para 30% entre os eleitores do tucano e de 24% a 32% entre os do candidato do PPS.

Cunha Bueno e Anibal
Outros dois candidatos ao Senado por São Paulo tiveram crescimento significativo: Cunha Bueno (PPB) subiu de 7% a 11%, e José Anibal (PSDB) foi de 5% a 10%. O único candidato a apresentar queda na pesquisa foi Ademar de Barros (PGT) -de 8% para 4%. Ele é seguido por Wagner Gomes (PC do B), com 2%.
A sondagem indica que Cunha Bueno e Anibal cresceram por conseguir associar mais seus nomes aos dos candidatos de seus partidos ao governo paulista.
Na pesquisa de agosto, entre os eleitores de Paulo Maluf (PPB), 10% diziam que votariam em Cunha Bueno para o Senado -agora, esse índice saltou para 18%. No caso de Anibal, seu percentual entre eleitores do tucano Geraldo Alckmin pulou de 8% para 21%.

Menos indecisos
O crescimento acima da margem de erro de Mercadante, Quércia, Cunha Bueno e Anibal reflete em outro fenômeno: a queda do número de indecisos e de eleitores que pretendiam votar nulo ou em branco.
O percentual de indecisos às duas vagas caiu de 20% a 15%, e o de eleitores que anulariam ou votariam em branco para a segunda vaga foi de 17% a 12%. Ainda assim, permanece alto o percentual de eleitores que ainda não têm um segundo candidato ao Senado -o índice oscilou de 30% a 28%.
A pesquisa, realizada em 67 cidades do Estado, com 1.196 entrevistas, indica que têm 1% das intenções de voto Paulo Correa (Prona), José Maria Marin (PSC), Paulo Fortunato (PSDC), Carlos Dardé (PRTB), Eliseu Gabriel (PDT), Firmino Alves (PCO), Rubens Calvo (PSB), Lucas Albano (PMN), Willians Rafael (PTB) e Thereza Ruiz (PTN).
Não atingiram 1% José Costa (PAN), Renato Luiz (PSTU), Floriano Leandrini (PMDB), José Raul Brasiliense (PHS), Mauro Puerro (PSTU), José Luiz Penna (PV) e Wlamisa Moraes (PCO).



Texto Anterior: Folclore Político - Raphael de Almeida Magalhães: O trem pagador
Próximo Texto: No Rio, Cabral lidera e Brizola cai para terceiro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.