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São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

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PAINEL

Polícia vermelha
Os quatro municípios que receberam verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública são administrados por prefeitos petistas. No total, levaram R$ 9,6 milhões. Foram beneficiadas duas cidades paulistas (São Paulo e Diadema) e duas fluminenses (Resende e Paracambi).

Mera coincidência
O Ministério da Justiça nega favorecimento político. Segundo a pasta, foram agraciados os primeiros municípios que solicitaram verba e apresentaram a documentação em ordem.

Parceiros de pena
"Alguns ingressam no mundo do crime por falta de oportunidades. Outros, por excesso." É o que ensinam Frei Betto, assessor especial da Presidência, e Ali Mazloum, um dos juízes investigados na Operação Anaconda, em "Fome Zero e crime zero", artigo a quatro mãos publicado em 30 de julho na Folha.

Noivo sem pressa
Lula disse a interlocutores que pode adiar a reforma ministerial para fevereiro ou março. O presidente alega precisar de calma para não tomar decisões erradas. Afirma ainda que, junto com as trocas de nomes, quer alterar a estrutura do governo, reduzindo o número de pastas.

Noiva nervosa
O sossego de Lula incomoda cada vez mais o PMDB. À espera dos ministérios que lhe foram prometidos, o partido dá os primeiros sinais de cansaço e não descarta dificultar um pouco a vida do governo no Congresso. José Dirceu (Casa Civil) defende que o PMDB entre na Esplanada o mais rapidamente possível.

Uns e outros
Governadores do Nordeste entregarão hoje a Lula e a José Sarney (Senado) carta com críticas à reforma tributária e um estudo mostrando que a região perderá 30% de sua arrecadação com o projeto. Já a União recolherá, segundo esse levantamento, R$ 18 bi a mais por ano.

Amor proibido
A despeito da cara feia do Planalto, segue o romance PPS-PSDB. O presidente da primeira sigla, Roberto Freire, compareceu no sábado ao lançamento, repleto de tucanos, do livro "Professores da Unicamp no Período FHC", organizado pela jornalista Mônica Teixeira.

Discórdia transgênica
Insatisfeito com a decisão governamental de retirar da CTNBio o poder para liberar transgênicos, o médico parasitologista Erney Camargo pediu exoneração da presidência dessa comissão de biossegurança. Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia) deve aceitar. Camargo segue presidente do CNPq.

Política focalizada
De olho na terceira idade, faixa etária que preferiu Paulo Maluf no Datafolha sobre a sucessão paulistana, Marta Suplicy, 58, foi votar no sábado na eleição do conselho de representantes do Grande Conselho Municipal do Idoso. Abraçou e deixou-se fotografar com eleitores.

Guerra de guerrilha
No domingo, enquanto Marta anunciava o lançamento de sua pré-candidatura à reeleição, o "anticandidato" Plínio de Arruda Sampaio Jr. distribuía à base partidária 20 mil exemplares de um jornal com pesadas críticas à administração municipal.

Turma do avental
Depois da bancada da saúde protestar no plenário da Câmara de máscara cirúrgica, é a vez dos deputados ligados à educação. De avental de professor e apagador, eles promovem hoje, no salão verde, manifestação em defesa do aumento do Orçamento de 2004 para o setor.

Visita à Folha
Luiz Augusto de Oliveira Candiota, diretor de politica monetária do Banco Central do Brasil, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Jocimar Nastari, assessor de imprensa.

TIROTEIO

Do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que foi líder do governo FHC na Câmara, sobre o novo acordo com o FMI:
-O bordão do PT sempre foi: "Fora, FHC, e fora, FMI". Agora, mudou. O FMI já veio. Se a situação continuar assim, logo eles chamam FHC de volta.

CONTRAPONTO

Metralhadora giratória

A comemoração do aniversário do presidente do PFL, Jorge Bornhausen, reuniu em Brasília, no início de outubro, alguns dos principais líderes da oposição. Em cenário dominado por pefelistas e tucanos, chamou a atenção a presença de Leonel Brizola, presidente do PDT.
Vice na chapa de Lula em 1998 e apoiador do petista no segundo turno de 2002, Brizola é hoje um dos mais estridentes críticos do governo federal.
Na festa, foi cumprimentado por Arthur Virgílio, o ruidoso líder do PSDB no Senado. O tucano elogiou os artigos assinados pelo pedetista, mas pediu que ele deixasse de lado os ataques a Fernando Henrique Cardoso:
-Se o senhor fizer um texto sem bater nele, lerei no plenário e incluirei nos anais do Senado.
Brizola não se fez de rogado:
-Esquecer o que FHC fez já seria demais. Nem o Lula vai conseguir que eu faça isso.


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