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São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

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Sem votos na base, governo negocia com a oposição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sem os votos suficientes para aprovar as reformas da Previdência e tributária exclusivamente em sua base, o governo iniciou no Senado mais uma tentativa de negociação com a oposição, admitindo novas mudanças no parecer sobre a emenda do sistema tributário.
"Avançando na tributária, o governo descomprime o ambiente da previdenciária. (...) Se o governo azedar na tributária, vai encontrar um caminho mais difícil na previdenciária", definiu o líder do PFL, José Agripino (RN).
Para aprovar o texto-base das duas reformas no plenário, o governo vai precisar de 49 votos a favor. Os partidos aliados -PT, PSB, PTB, PL, PMDB e PPS- têm, juntos, 47 votos, sendo que há dissidentes nesse grupo. A mais notória é Heloísa Helena (PT-AL), mas há outros senadores do PT e do PMDB com divergências em relação a pontos das reformas.
O relator da reforma da Previdência, Tião Viana (PT-AC), afirmou que há pelo menos 53 votos a favor da proposta, mas o fato é que o governo precisa contar com votos no PFL e no PSDB. Esse apoio varia de acordo com o atendimento ou não de reivindicações dos governadores na tributária.
Por isso, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), reuniu-se ontem duas vezes com os líderes do PFL, José Agripino, e do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Mercadante apoio a criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) já em 2007. Mas o PFL também quer a redução da carga.


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