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Sem votos na base, governo negocia
com a oposição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sem os votos suficientes
para aprovar as reformas da
Previdência e tributária exclusivamente em sua base, o
governo iniciou no Senado
mais uma tentativa de negociação com a oposição, admitindo novas mudanças no
parecer sobre a emenda do
sistema tributário.
"Avançando na tributária,
o governo descomprime o
ambiente da previdenciária.
(...) Se o governo azedar na
tributária, vai encontrar um
caminho mais difícil na previdenciária", definiu o líder
do PFL, José Agripino (RN).
Para aprovar o texto-base
das duas reformas no plenário, o governo vai precisar de
49 votos a favor. Os partidos
aliados -PT, PSB, PTB, PL,
PMDB e PPS- têm, juntos,
47 votos, sendo que há dissidentes nesse grupo. A mais
notória é Heloísa Helena
(PT-AL), mas há outros senadores do PT e do PMDB
com divergências em relação a pontos das reformas.
O relator da reforma da
Previdência, Tião Viana
(PT-AC), afirmou que há pelo menos 53 votos a favor da
proposta, mas o fato é que o
governo precisa contar com
votos no PFL e no PSDB. Esse apoio varia de acordo
com o atendimento ou não
de reivindicações dos governadores na tributária.
Por isso, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), reuniu-se
ontem duas vezes com os líderes do PFL, José Agripino,
e do PSDB, Arthur Virgílio
(AM). Mercadante apoio a
criação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) já em
2007. Mas o PFL também
quer a redução da carga.
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