São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2004 |
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PAINEL Pilha nova Está em curso na bancada do PT na Câmara um movimento para manifestar posição contrária à medida provisória que concedeu status de ministro a Henrique Meirelles (BC). O parecer de Cláudio Fonteles considerando a MP inconstitucional deu combustível a essa articulação. Menos mal A rejeição petista à "MP do Meirelles" tem gradações variadas. A mais inofensiva ao governo aceita garantir foro privilegiado ao presidente do BC, mas não o status de ministro. Retrato falado Refrão do governador Jarbas Vasconcelos (PE) na reunião peemedebista de ontem: "O inimigo é o PT". Foi respaldado pelos colegas Germano Rigotto (RS) e Joaquim Roriz (DF), que têm os petistas nos calcanhares em seus Estados. Luiz Henrique (SC) está mais para Lula. Talento dramático Aliado de Lula na eleição presidencial, Roberto Requião (PR) também defendeu a "independência" em relação ao governo. Ninguém levou muito a sério. Peemedebistas suspeitam que ele queira o terreno livre para negociar diretamente com Lula. Radiografia Diagnóstico de um participante da reunião de ontem: "O PMDB se divide hoje em dois grupos. As viúvas de Fernando Henrique e as cortesãs de Lula". Ventilador Eventual desembarque do PMDB da base governista poderia ter como desdobramento a candidatura de Michel Temer à presidência da Câmara, com o apoio de PSDB e PFL. Coração partido Do senador João Capiberibe (PSB-AP), sobre a angioplastia a que foi submetido: "Passei os oitos anos de Fernando Henrique com o lado direito do coração perfeito. Bastaram dois de Lula para o esquerdo falhar". Aritmética 1 Com PSDB e PT igualados no tamanho das bancadas (13 vereadores cada), os 18 parlamentares do "blocão", liderado por PMDB-PTB-PP, consideram ter boas chances de ganhar a presidência da Câmara paulistana. Faltaria apenas definir a parceria: com tucanos ou petistas. Aritmética 2 O PT está disposto a negociar com os dois lados, desde que lhe garantam a secretaria-geral da Câmara. Mas teme que a força da gravidade leve o "blocão" para o colo de Serra, deixando o partido isolado na oposição. Alta temporada O petista reeleito José Américo, do grupo mais próximo a Marta Suplicy na Câmara Municipal, estranha as reclamações do PSDB de que a prefeitura estaria dificultando o processo de transição: "Se os tucanos quisessem tanto trabalhar, não teriam saído quase todos de férias". Estudando propostas Às vésperas de encerrar seu mandato em Vitória, o tucano Luiz Paulo Vellozzo Lucas foi convidado para assumir um cargo no governo de Paulo Hartung (ES). O economista ainda não respondeu. Também está entre os cotados para integrar a equipe de Serra em São Paulo. Dupla jornada Tucanos próximos a José Serra ainda não abandonaram a idéia de mantê-lo na presidência nacional do PSDB mesmo depois de assumir a prefeitura paulistana. Geraldo Alckmin é contra. O governador considera difícil conciliar o comando partidário com as funções administrativas. Perdas e danos Terminou mal a reunião que o governador Wellington Dias (PT-PI) fez com sua equipe de sexta a domingo em um hotel. Sumiu o telefone celular de um dos secretários presentes. Apesar da queixa imediatamente dada ao titular da Segurança, o aparelho não apareceu até hoje. TIROTEIO Do ex-senador e deputado federal peemedebista Jader Barbalho (PA), sobre a crise no relacionamento entre seu partido e o Palácio do Planalto: -O presidente Lula tem de refletir sobre o futuro do governo. E o governo, sem o PMDB, não tem futuro. CONTRAPONTO Atendimento gratuito Durante a reunião que os governadores do PMDB realizaram na semana passada em São
Paulo, o prefeito eleito de Campo Grande, Nelsinho Trad, era o
centro de uma roda formada
por Orestes Quércia, Roberto
Requião, Michel Temer e André
Puccinelli, hoje no comando da
capital de Mato Grosso do Sul. |
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