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GOVERNISTA
Fora da base, sigla vira coadjuvante, diz Eunício
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dos defensores da permanência do PMDB no governo, o
ministro Eunício Oliveira (Comunicações) disse ontem que se o
partido for para a oposição será
um "coadjuvante" no processo
político, já que esse espaço já está
ocupado pelo PSDB e pelo PFL.
Ele atribuiu o discurso oposicionista do PMDB ao processo eleitoral e tentou desqualificar a reunião realizada ontem como instância decisória. O ministro não
quis nem falar sobre a possibilidade de entregar o cargo.
(FK)
Folha - Que caminho o senhor defende para o PMDB?
Eunício Oliveira - Como peemedebista, defendo que nosso caminho é continuar no governo.
Folha - Por quê?
Eunício - O espaço da oposição
já está ocupado pelo PSDB e pelo
PFL, o que foi demonstrado nas
eleições. Se o PMDB tomar a decisão de ser a terceira força da oposição, vai ser coadjuvante, e não é
isso que eu quero para o partido.
Folha - Mas a reclamação de integrantes do PMDB é que o partido
está de coadjuvante no governo.
Eunício - Devemos estreitar a cada dia a relação com o governo.
Somos parceiros e essa aliança
tem que ser completa.
Folha - Está faltando conversa na
relação com o governo?
Eunício - Conversa é sempre
bom.
Folha - Por que o PMDB subiu o
tom agora?
Eunício - Porque saímos de uma
eleição e é natural que isso aconteça. Há muitas feridas e temos que
ter paciência para ouvir os companheiros.
Folha - Há como reverter a tendência de oposição?
Eunício - Aqui não foi votado nada, decidido nada. Conheço o
PMDB, nasci aqui.
Folha - Se o partido decidir, o senhor entrega o cargo?
Eunício - Não falo sobre tendências, sobre hipóteses.
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