São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2004

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GOVERNISTA

Fora da base, sigla vira coadjuvante, diz Eunício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dos defensores da permanência do PMDB no governo, o ministro Eunício Oliveira (Comunicações) disse ontem que se o partido for para a oposição será um "coadjuvante" no processo político, já que esse espaço já está ocupado pelo PSDB e pelo PFL.
Ele atribuiu o discurso oposicionista do PMDB ao processo eleitoral e tentou desqualificar a reunião realizada ontem como instância decisória. O ministro não quis nem falar sobre a possibilidade de entregar o cargo. (FK)
 

Folha - Que caminho o senhor defende para o PMDB?
Eunício Oliveira
- Como peemedebista, defendo que nosso caminho é continuar no governo.

Folha - Por quê?
Eunício
- O espaço da oposição já está ocupado pelo PSDB e pelo PFL, o que foi demonstrado nas eleições. Se o PMDB tomar a decisão de ser a terceira força da oposição, vai ser coadjuvante, e não é isso que eu quero para o partido.

Folha - Mas a reclamação de integrantes do PMDB é que o partido está de coadjuvante no governo.
Eunício
- Devemos estreitar a cada dia a relação com o governo. Somos parceiros e essa aliança tem que ser completa.

Folha - Está faltando conversa na relação com o governo?
Eunício
- Conversa é sempre bom.

Folha - Por que o PMDB subiu o tom agora?
Eunício
- Porque saímos de uma eleição e é natural que isso aconteça. Há muitas feridas e temos que ter paciência para ouvir os companheiros.

Folha - Há como reverter a tendência de oposição?
Eunício
- Aqui não foi votado nada, decidido nada. Conheço o PMDB, nasci aqui.

Folha - Se o partido decidir, o senhor entrega o cargo?
Eunício
- Não falo sobre tendências, sobre hipóteses.


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