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Delegado diz que "não há necessidade" de retirar dados da Folha de inquérito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O delegado da Polícia Federal de Cuiabá (MT) Diógenes
Curado, responsável pelas investigações sobre o dossiê contra políticos tucanos, disse ontem que não protocolou na Justiça Federal pedido para retirar
dados da Folha do inquérito
porque as informações não serão usadas na investigação.
"Não há necessidade de protocolar o pedido de retirada das
quebras de sigilo [da Folha].
Descartamos qualquer tipo de
investigação com relação ao
jornal", disse.
A decisão do delegado vai
contra o entendimento interno
da PF de que a decisão mais
acertada seria pedir formalmente que qualquer referência
à Folha fosse retirada do processo. Segundo a Folha apurou, trata-se de uma atitude
unilateral do delegado.
A PF havia informado anteontem que iria pedir -sem
dizer quando- que fossem retiradas do inquérito sobre o
dossiê todas as informações relativas à quebra de sigilo de um
número de telefone utilizado
pela Folha no comitê de imprensa da Câmara dos Deputados e de um celular utilizado
por uma repórter do jornal.
A Justiça Federal de Mato
Grosso confirmou, por meio de
sua assessoria de imprensa,
que não havia sido protocolado
até as 20h de ontem nenhum
pedido da Polícia Federal para
retirada das informações.
Os dois números tiveram o
sigilo quebrado em meio a outros 166 telefones. O pedido
das quebras foi feito pela PF,
no dia 24 de setembro, à 2ª Vara Federal de Mato Grosso.
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