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Deputado da meia volta ao comando da Câmara do DF e fecha portas após protesto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado distrital Leonardo Prudente (ex-DEM),
filmado guardando dinheiro
até na meia, voltou ontem à
presidência da Câmara do
Distrito Federal e mandou
fechar as portas da Casa por
causa dos protestos a favor e
contra a sua permanência e a
do governador José Roberto
Arruda (ex-DEM) no cargo.
Cerca de 600 manifestantes pró-Arruda e 400 contra,
segundo a Polícia Militar,
trocavam insultos. Os defensores eram chamados de
"vendidos" e estudantes xingados de "baderneiros".
Por volta das 8h, a polícia
retirou à força estudantes da
rampa de acesso à portaria
principal e do gramado da
Câmara. "Os deputados poderiam ficar intimidados
com muita gente perto da
entrada", justificou o major
Giuliano Costa de Oliveira,
da PM. Os deputados, porém, têm acesso privativo.
Os estudantes reclamaram que os pró-Arruda quebraram o caixão usado para
simbolizar o enterro do governador. Também acusaram os defensores do governador de militância paga.
A Cooperativa dos Caminhoneiros, que engrossava o
grupo pró-Arruda, ganhou
cerca de R$ 28 milhões do
governo do DF desde outubro de 2008. "Ninguém aqui
é comprado, o governador
fez muito pelo DF", disse o
presidente do sindicato dos
caminhoneiros, Valdelino
Barcelos.
(FILIPE COUTINHO E FERNANDA ODILLA)
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