|
Texto Anterior | Índice
Toda Mídia
Nelson de Sá
2010 e o câmbio
Lula, o ministro da Fazenda, o presidente do Banco
Central, mais Aloizio Mercadante, Luiz Gonzaga Belluzzo e Delfim Netto fizeram "interessante e complexo debate" na quinta-feira, no palácio, relatou Claudia
Safatle no "Valor" de sexta. A conversa focou a balança e o real valorizado. Também "o risco de, se nada for
feito, o presidente chegar a 2010, ano de campanha,
com o Brasil [de novo com] vulnerabilidade externa".
Ontem, manchete no mesmo "Valor", "Governo
prepara medidas para deter alta do real". Entre elas,
"acabar com a cobertura cambial sobre as exportações" e "retirar o incentivo a investidores estrangeiros para aplicar em títulos da dívida interna". Ao longo do dia, manchete on-line por todo lado, o "pacote"
de intervenção era previsto para hoje, nas apostas.
POR ENQUANTO
Mas o noticiado "pacote
cambial", disse Guido Mantega aos telejornais etc., "é, por
enquanto, especulação". A expressão "por enquanto" ganhou título na Reuters Brasil.
As medidas dependeriam
tão-somente da aprovação do
Conselho Monetário Nacional, que realiza reunião hoje.
LIBERALIZAÇÃO
Ontem mesmo já ecoava,
em despacho da agência Dow
Jones no site do "Wall Street Journal" e outros financeiros,
que o "Brasil estuda uma liberalização de regras de câmbio
que permitiria aos exportadores manter mais de seus dólares fora do país". Foi tudo o
que adiantou Guido Mantega.
O ELDORADO
A Reuters despachou desde Houston, no Texas, que o
campo de "Tupi é visto como um tesouro pelas empresas
de serviço de petróleo" -como as americanas Halliburton
e Transocean, "que têm a especialidade necessária para
explorar a reserva extremamente complexa". Um analista
texano avaliou entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões o
investimento a ser feito -e pago- para desenvolver Tupi.
No "WSJ", por outro lado, o colunista de investimentos
Brett Arends sugeriu "Uma maneira de jogar no petróleo"
a mais de US$ 100: a Petrobras. "A razão: o vasto campo
de Tupi que a empresa está explorando na costa do país."
US$ 110 E ALÉM
Na home do "Financial Times", ontem, "Petróleo perto
de romper US$ 110". O motivo, diz o jornal financeiro, foram "sinais de que a demanda
na China prossegue robusta".
EXXON FICA
E a Exxon anunciou pelas
agências, desde Buenos Aires,
depois de meses de especulação sobre ofertas até da Petrobras, que não vende os seus
investimentos na Argentina.
"CLINTON LINK"
Duas semanas atrás, o "New York Times" deu que os
"Esforços de Hillary em etanol se sobrepõem a interesses
de seu marido" -a saber, projetos seus beneficiaram a
Yucaipa, que tem Bill Clinton de consultor e que investe
na Brenco, de Henri Philippe Reichstul, ex-Petrobras.
E ontem um longo despacho da AP, desde São Paulo,
noticiou a denúncia de trabalho "degradante" na Brenco.
No título, "Ligação de Clinton com investigação de etanol
no Brasil". Era o destaque na busca de notícias via Google
e Yahoo News, mais reprodução pelos sites de "NYT",
"Washington Post", até Huffington Post, o site democrata.
ENTRE A GUERRA E A PAZ
Peter Yang/esquire.com
|
|
Sob o título "O homem entre
a guerra e a paz", a nova edição
da "Esquire" perfilou longamente o almirante William Fallon (dir.), chefe do Comando
Central dos EUA, apontando
sua resistência ao confronto
com o Irã. Dizia que, se ele
viesse a cair, "poderia significar que o presidente pretende agir contra o Irã até o fim do ano".
E ontem, citando a "Esquire"
como motivo, Fallon deixou o posto. "Aposentou-se cedo",
no dizer do "NYT", em notícia que tomou o lugar até do
escândalo sexual em Nova York em parte da cobertura.
Do site Talking Points Memo ao da "Foreign Policy", espalhou-se a sombra de uma nova guerra, antes da eleição.
Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá
Texto Anterior: CNJ: Conselho mantém concurso para juiz no RJ Índice
|