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PMDB promete 100% de apoio a Lula na Câmara
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PMDB na Câmara,
Henrique Eduardo Alves (RN),
prometeu ontem fidelidade dos
deputados da legenda nas votações de temas de interesse do
governo. "Essa bancada vai dar
100% do painel de votação da
Câmara para o governo", disse,
em jantar do partido, após afirmar que "o PMDB agora virou
uma grande família".
Ao chegar ao evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
disse que está construindo um
novo projeto político para o
país ao fazer uma coalizão partidária baseada em programas,
o que evitaria "deformações".
"Isso pode ser uma nova dinâmica da política nacional,
porque as alianças eminentemente ocasionais, em função
de um projeto ou de outro, geram deformações", disse o presidente, no jantar na casa do
presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), que
reuniu cerca de 150 pessoas.
Após o fim da reforma ministerial, a base aliada disputa agora os cargos de segundo escalão.
Um dos primeiros a sair, o
governador do Paraná, Roberto
Requião, disse que não se falou
de política e negou que o partido estivesse de olho na disputa
por vagas no segundo escalão:
"Ou vocês acharam que vão
sortear uns cargos por aqui?"
Lula afirmou que pretende
procurar as siglas de oposição e
defendeu que as divergências
sejam superadas em nome do
melhor para o país. Na semana
passada, ele recebeu o senador
Antonio Carlos Magalhães
(DEM-BA, ex-PFL), um dos
oposicionistas mais aguerridos.
"Ao consolidar essa aliança,
nós estamos consolidando um
novo projeto político para o
país, com uma base de sustentação harmônica e com as divergências sendo resolvidas pelas direções partidárias e os representantes no Congresso",
disse Lula. O jantar de ontem
reuniu as bancadas do PMDB
no Congresso, além de ministros, governadores e prefeitos.
Lula foi acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia. Ao
posar para a foto oficial, o presidente tropeçou e foi amparado
pelo anfitrião e pelo senador
Valter Pereira (PMDB-MS). Ao
chegar, Lula brincou com a imprensa: "Já tomaram vinho?"
Um dos momentos tensos foi
o discurso do presidente do
PMDB, Michel Temer (SP).
"Sei que é uma coisa muito delicada, mas não posso deixar de
falar que gostaria muito que o
PMDB tivesse um candidato
próprio em 2010", disse, segundo os presentes. Lula riu.
(FERNANDA KRAKOVICS E FÁBIO ZANINI)
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