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SAÚDE MINISTERIAL
Quadro do ministro dificulta transplante
Estado de Motta é 'agudo', diz boletim
da Reportagem Local
O ministro Sérgio Motta apresentou uma "agudização" de seu
quadro de infecção pulmonar, o
que levou à necessidade de "altas
frações inspiradas de oxigênio".
Motta permanece desde anteontem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert
Einstein, em São Paulo, onde foi
internado na última terça-feira.
O boletim médico com as primeiras informações de ontem sobre o estado de saúde do ministro
foi divulgado às 12h40.
Segundo o informe, assinado
por quatro médicos da equipe que
acompanha o paciente, Motta permanece sedado e sob ventilação
artificial mecânica.
"O ministro está recebendo tratamento antiinfeccioso e antiinflamatório para controle da agudização de seu quadro de doença intersticial pulmonar", diz o texto.
Segundo o texto, os parâmetros
respiratórios e cardiovasculares de
Motta permaneciam estáveis.
Desde anteontem, quando o ministro foi para a UTI, os médicos
não dão informações pessoalmente à imprensa, a pedido da família.
As únicas informações são transmitidas por meio de boletins.
O tom do boletim contrastou
com as informações da manhã. O
ministro Paulo Renato Souza
(Educação) esteve no hospital por
volta das 10h, e permaneceu uma
hora com a família de Motta.
Na saída, Paulo Renato disse que
o quadro do ministro era "estável"
e que a família estava tranquila.
"Estamos muito otimistas com a
perspectiva de recuperação do ministro Sérgio Motta", disse.
Segundo Paulo Renato, assessores e familiares de Motta disseram
que a transferência do ministro
para a UTI foi feita para garantir
maior isolamento e tranquilidade
para dormir.
Transplante
Paulo Renato também descartou
a possibilidade de Motta ser submetido a um transplante pulmonar. O jornal gaúcho "Zero Hora"
divulgou notícia ontem segundo a
qual Motta poderia ser transferido
para a Santa Casa de Misericórdia
de Porto Alegre (RS) para realizar
o transplante.
A possibilidade também foi negada ontem pela manhã pela filha
do ministro, Juliana Motta. Ela
disse que a família não está pensando em transplante, e que o
quadro de seu pai era estável.
Ontem o pneumologista norte-americano Marvin Schwrz, que
cuidou do ministro em Denver
(EUA), admitiu que o caso de
Motta pede a realização de um
transplante.
Mas, segundo ele, dado o quadro
descrito pela imprensa, "talvez"
não haja condição de realizá-lo pelas condições de saúde do ministro.
A possibilidade de Motta submeter-se a um transplante foi cogitada pela primeira vez durante a
internação do ministro em Denver, há um mês.
Na ocasião, a possibilidade foi
negada pelo próprio Motta e pelo
médico que o acompanhou aos
Estados Unidos, Bernardino
Tranchesi.
Colaborou
Alessandra Blanco, de Nova York
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