São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004

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Expulsão é adotada em ditaduras

DA REDAÇÃO

Expulsar correspondentes estrangeiros é uma medida que costuma ser adotada por ditaduras.
Por exemplo, no ano passado, o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, expulsou o americano Andrew Meldrum, que era correspondente do jornal britânico "The Guardian", em meio a uma ação contra os jornalistas estrangeiros que trabalhavam no país.
A mesma atitude foi adotada várias vezes, em bloco, pelo ex-ditador do Iraque Saddam Hussein. Também em 2003, quando o país foi invadido pelas forças anglo-americanas, Saddam expulsou os profissionais dos canais americanos de notícias Fox News e CNN.
Ao final da primeira invasão do país por tropas dos EUA, em 1991, o governo do ex-ditador expulsou do Iraque os jornalistas ocidentais. Entre eles, estava o neozelandês Peter Arnett, que, por determinado período, havia sido o único a poder trabalhar no país, como correspondente da CNN.
Na Coréia do Norte, outra ditadura e um dos regimes mais fechados do mundo, os jornalistas estrangeiros não são autorizados a atuar.
A China, outro país asiático governado há décadas por um regime comunista, também há expulsão. Em 1998, Jurgen Kremb, que havia trabalhado como correspondente da revista alemã "Der Spiegel", foi avisado de que teria de deixar o país.
Na América Latina, o regime mais duro na relação com o trabalho dos jornalistas é a ditadura de Fidel Castro em Cuba.
No início do ano passado, houve uma onde de repressão no país que culminou com a prisão de 75 dissidentes políticos, entre eles vários jornalistas cubanos.
O poeta e jornalista Raúl Rivero, por exemplo, foi condenado a 20 anos de prisão.
Um outro país problemático na região é a Colômbia, onde guerrilheiros de esquerda e paramilitares costumam perseguir e assassinar jornalistas.


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