São Paulo, quarta-feira, 12 de maio de 2004 |
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TODA MÍDIA Nelson de Sá Lula expulsa
Lula não vinha mal, em sua
reação à reportagem do
"New York Times". Ontem até
FHC achou por bem dar seu
apoio, em "O Globo": Nas reportagens, o destaque era quase sempre para um brasileiro, Marcelo D'Elia Branco, citado como das "estrelas mundiais do software livre", ao lado de Richard Stallman, também presente. Branco é o coordenador do projeto de software livre brasileiro, que prevê a troca da Microsoft, que consome US$ 1,1 bilhão do orçamento federal, pelo gratuito Linux (acima, uma das várias versões do símbolo do Linux). Enquanto isso, o "New York Times" noticiava no fim de semana que a Microsoft se debate para achar uma maneira de penetrar nos mercados emergentes. O jornal destacou quatro países (Brasil, Rússia, Índia e China), em que a gigante não consegue crescer. O esforço que vem fazendo, segundo o "NYT", visa reagir à Linux. O Rediff.com, site da Índia, destaca por sua vez que a Microsoft começa a ceder. Uma razão seria o número crescente de governos, entre eles Brasil, China e México, que começam a priorizar o software livre. A mostra mais flagrante disso era lida no site mexicano Ayacnet: - A gigante Microsoft vai patrocinar, em novembro, parte da conferência mundial de software livre no Brasil. A "comunidade linuxera do Brasil" não gostou, diante do histórico de "combate" da Microsoft ao software livre. Eu-não-disse A combinação de duas manchetes do JN ("indústria tem o melhor desempenho em três anos" e "mercado financeiro tem recuperação") causou mais do que alívio, ontem. O ministro Luiz Furlan, com a fisionomia impaciente, como a expressar eu-não-disse, surgiu já à tarde no site do "Valor" e logo depois na Globo News: - Eu havia dito que os dados indicavam crescimento muito sólido. Isso já nos leva a uma velocidade superior à meta de 3,5% de crescimento este ano. Outras vezes Nem velhos integrantes da equipe econômica tucana escondem mais o otimismo. Ontem, da Globo: - O ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Amaury Bier e o ex-diretor de política monetária do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo lembram que o Brasil está com bons indicadores. E que não há um grande país à beira de colapso, como das outras vezes. Das vezes deles. Genro Se o "NYT" está no ataque, o "El País" abriu suas páginas a Lula e colegas. De Marta Suplicy a João Pedro Stedile e agora Tarso Genro, ministro da Educação, o jornal espanhol vem publicando longas entrevistas com a esquerda brasileira. Genro se gabou de Porto Alegre, do Fórum Social Mundial, das cotas para negros na universidade etc. Esportes Um novo livro, desta vez de um jornalista próximo a George W. Bush, comentarista da Fox News, detalha a relação do presidente dos EUA com a imprensa, segundo o "Washington Post". Ele só recebe quatro jornais ("New York Times", o próprio "Post", "Washington Times" e "USA Today"), passa os olhos pela primeira página e por mais uma ou outra seção. E vai para a seção de esportes. Empreiteiras A rádio Bandeirantes foi atrás do procurador, para falar sobre o caso Paulo Maluf, e ouviu dele que agora está atrás de "empreiteiras suspeitas de executarem obras superfaturadas". Ano eleitoral Da Globo, ontem: - As denúncias de contas milionárias em paraísos fiscais, envolvendo Maluf, já tiveram um efeito na disputa pela Prefeitura de São Paulo. José Serra, do PSDB, decidiu se candidatar. Sites e outros noticiários confirmaram a decisão e já relatavam as reuniões de campanha. "Uma forcinha" Esqueceram de avisar Saulo Abreu de Castro, até então um dos pré-candidatos tucanos em São Paulo. Seus assessores teriam ligado ontem para as rádios, pedindo "uma forcinha", segundo a Bandeirantes. E à noite lá estava o secretário, no Cidade Alerta, da Record. Texto Anterior: Falta de verba limita a ação militar, diz Viegas Próximo Texto: Panorâmica - Sombra no Planalto: Waldomiro será alvo de ação por improbidade Índice |
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