São Paulo, sábado, 12 de maio de 2007

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Temporão diz que recebeu um "puxão de orelha" da mãe

Ministro nega que Lula tenha pedido silêncio sobre aborto

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Nem o presidente Lula nem o papa. Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a autoridade que deu nele um "puxão de orelha" e o fez parar de falar sobre aborto nos últimos dias foi Sara Gomes, 89, católica fervorosa e sua mãe.
"Não estou proibido de falar sobre aborto. O que eu disse ontem [anteontem] é que era preciso falar um pouco menos sobre o assunto porque minha mãe me ligou e disse que o papa está trazendo outros assuntos importantes a serem discutidos no Brasil, como a fome e a questão social. Foi minha mãe, uma grande mãe", disse ontem o ministro, no Rio de Janeiro.
Temporão negou que Lula tenha pedido isso: "Estive com ele rapidamente antes de viajar para o Rio e o único comentário que fez comigo foi que achou o papa muito simpático".
O pai do ministro, José Temporão, não estava ao lado de sua mulher, Sara -que se recupera de uma cirurgia-, quando ela falou com o filho. Diz, no entanto, que ele não deixaria de atender a um pedido da mãe: "Ela manda no meu filho, e ele obedece mesmo. É muito exigente, e ele, muito obediente, uma combinação perfeita".
Dono de um tradicional restaurante português chamado Mosteiro -próximo ao mosteiro de São Bento, no centro do Rio-, Temporão, o pai, diz que sua família, especialmente a matriarca, é muito católica.


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