São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2000


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Alckmin luta contra desconhecimento

LUCAS FIGUEIREDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Desconhecido da metade do eleitores paulistanos, Geraldo Alckmin -pré-candidato do PSDB na disputa pela Prefeitura de São Paulo- contará com o segundo maior tempo na TV e no rádio para construir sua imagem.
A falta de expressão política de Alckmin, principal problema da candidatura do tucano, tentará ser transformada em virtude. Os marketeiros do PSDB vão utilizar o fato de ele ser pouco lembrado pelo eleitorado para apresentá-lo como a novidade da campanha.
Apesar de ser vice-governador de São Paulo, Alckmin é conhecido de somente 50% do eleitorado da capital, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 de maio. Em abril, esse índice era ainda menor: 36%.
Quinto colocado na pesquisa feita no final de maio, com 3% das intenções de voto, Alckmin terá quase oito minutos diários na TV e no rádio. Só perderá em tempo para o candidato do PFL, Romeu Tuma, coligado com o PMDB.
"O Geraldo (Alckmin) ainda não é muito conhecido, mas tem conteúdo. Por isso, a TV e o rádio serão fundamentais para que ele mostre sua personalidade", diz o coordenador da campanha tucana, o deputado estadual Walter Feldman.
A falta de uma imagem pública consolidada traz para Alckmin uma desvantagem e uma vantagem, na opinião de tucanos envolvidos na campanha.
Marketeiros tucanos já prevêem, por exemplo, que adversários tentarão tachá-lo de político sem carisma e experiência.
A crítica será rebatida, na campanha na TV e no rádio, com a exposição da trajetória de Alckmin: vereador e prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual e federal e vice-governador.
Caso seja agredido, Alckmin reagirá. "Vamos apresentar nossas propostas, mas se levarmos caneladas vamos reagir", afirma o coordenador tucano.
A publicidade da campanha -cujas previsões de custo são guardados em segredo- será feita pela GW Comunicação, dos sócios Gilnei Rampazzo, Luiz Gonzalez e Woile Guimarães.
A empresa participou, em 94 e 98, das campanhas vitoriosas de Mário Covas ao governo do Estado de São Paulo e de Fernando Henrique Cardoso à Presidência.
A GW -que até a última eleição atuava como uma produtora de vídeo- será "vitaminada" para poder assumir toda a área de publicidade da campanha.


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