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PMDB travará disputa jurídica
da Reportagem Local
A indicação do candidato do
PMDB à Prefeitura de São Paulo
deve se transformar em disputa jurídica. O grupo do ex-governador
Orestes Quércia vai contestar as filiações em massa da ala do deputado Michel Temer para obter o controle do diretório paulistano e escolher quem concorrerá em 2000.
A renovação dos diretórios zonais (de bairro) está prevista para
setembro. É o colégio eleitoral que
vai sair dali, junto com deputados
e vereadores paulistanos, que vai
definir o candidato.
O grupo de Quércia entende que
só poderão votar em setembro os
que tiverem se filiado pelo menos
seis meses antes. A ala de Temer,
que opera no assunto com as mãos
do malufista histórico Ricardo
Izar, recém-convertido ao PMDB,
filiou muita gente em abril e maio e
acha que essas novas adesões terão
direito a voto.
"Podemos ter candidatura própria ou fazer coligação, mas já definimos que o partido repele candidatos que chegam de última hora",
afirma João Leiva, presidente do
PMDB paulistano e homem de
confiança de Quércia.
O quercismo não tem candidato
viável hoje. Leiva se dispõe à aventura eleitoral se isso for necessário
para barrar o plano de Temer. "Estamos em rota de aproximação
com PT e PSB e podemos coligar
com a esquerda na eleição", diz.
Izar está levando a sério a idéia
de participar da eleição. "Estou fazendo um trabalho para valer nos
diretórios." Para ele, nem o passado malufista atrapalha, como
apontam os quercistas. "PMDB e
Maluf são bem parecidos", acha.
(CARLOS EDUARDO ALVES)
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