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Base do PFL apoia candidato do PPS
ELIANE CANTANHÊDE
DIRETORA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A maioria dos caciques do PFL,
seja pelo interesse partidário, seja
pela questão local, está apoiando e
em alguns casos participando ativamente da campanha do candidato da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT), Ciro Gomes.
O principal exemplo de engajamento ativo é o do próprio presidente licenciado do partido, senador Jorge Bornhausen (SC). Ele e
o senador Geraldo Althoff (PFL-SC) -que está na linha de frente
da ""mobilização nacional pró-Ciro"-, fizeram ontem um levantamento da posição da bancada
federal do partido.
Conclusão: 12 dos 18 senadores
estão com Ciro, e 55% de 90 deputados (excluídos os do Maranhão)
estão com o tucano José Serra, enquanto 45%, com Ciro.
""Acho que a gente pode dividir
ao meio a bancada da Câmara dos
Deputados. O trabalho será individual", afirmou o presidente do
PFL, que formou um grupo para
ligar, um a um, para deputados e
senadores pedindo voto para o
candidato do PPS a presidente.
Bornhausen, entretanto, insiste
que o objetivo não é tirar apoios
garantidos a Serra, e sim convencer indecisos.
Também são bem mais do que
meros apoiadores formais de Ciro
o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (BA), o senador José Agripino Maia (RN), o ex-governador
João Alves (SE) e o deputado e ex-ministro Roberto Brant (MG),
que têm peso no partido.
Além deles, a própria ex-governadora e ex-presidenciável Roseana Sarney (MA) já estava próxima a Ciro na fase de candidata e
não há dúvidas sobre a preferência dela, apesar dos problemas internos do PFL no Estado.
O maior adversário do candidato de Roseana ao governo, José
Reinaldo Tavares (PFL), que a sucedeu no cargo e agora disputa a
reeleição, é Jackson Lago, do
PDT, partido que integra a Frente
Trabalhista de Ciro.
Do outro lado, Serra tem o
apoio dos pernambucanos Marco
Maciel, vice-presidente da República, José Jorge, vice-presidente
do partido, e Inocêncio Oliveira,
líder na Câmara. Como também
tem do prefeito do Rio, Cesar
Maia.
Os "ciristas", porém, ponderam
que Inocêncio está praticamente
"condenado" a ficar com Serra,
mas não tem a menor simpatia
por ele. E Maia nunca foi do chamado "núcleo duro" do PFL.
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