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O ESQUERDISTA
Pinheiro vê mudanças como "boa sinalização"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Um dos críticos da reforma da
Previdência na bancada do PT, o
deputado Walter Pinheiro, 44,
considerou a alternativa à proposta desenhada pelo governo
um avanço, sobretudo pela abertura de diálogo.
Além da manutenção da aposentadoria integral e da paridade
de reajuste entre salários e benefícios, Pinheiro comemora a possibilidade de enfraquecimento dos
fundos de pensão complementar,
caso o acordo para modificar a reforma se concretize.
(FK)
Agência Folha - O que o senhor
achou da proposta de alteração da
reforma da Previdência?
Walter Pinheiro - Primeiro é uma
sinalização. Alguns podem considerar como um recuo, eu considero uma boa sinalização para a
gente abrir um canal de negociação, algo que estava literalmente
fechado. Integralidade e paridade
são cruciais no enfrentamento em
relação à reforma. A proposta original de cálculo [do benefício] era
extremamente cruel na medida
em que trabalhava com a média
[dos salários].
Agência - Isso atende às reivindicações da ala à esquerda do PT?
Pinheiro - Nossas reivindicações
estavam pautadas em cinco pontos: cobrança de inativos, paridade, integralidade, fundos de pensão e pensões. Essa proposta,
além da paridade e da integralidade, também traz uma coisa que a
gente reivindicava, que é não trabalhar com fundos de Previdência complementar. Na minha opinião, para os atuais servidores, o
fundo vai para o vinagre.
Agência - É possível negociar outros pontos também?
Pinheiro -Eu particularmente
estou descrente de que o governo
vá avançar além disso. O que pode efetivamente acontecer a partir
dessa proposta é o governo endurecer, principalmente na questão
dos inativos, combinando dois
pontos: primeiro por causa da arrecadação e outro por causa do
pleito dos governadores.
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