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São Paulo, sábado, 12 de julho de 2003

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O ESQUERDISTA

Pinheiro vê mudanças como "boa sinalização"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

Um dos críticos da reforma da Previdência na bancada do PT, o deputado Walter Pinheiro, 44, considerou a alternativa à proposta desenhada pelo governo um avanço, sobretudo pela abertura de diálogo.
Além da manutenção da aposentadoria integral e da paridade de reajuste entre salários e benefícios, Pinheiro comemora a possibilidade de enfraquecimento dos fundos de pensão complementar, caso o acordo para modificar a reforma se concretize. (FK)
 

Agência Folha - O que o senhor achou da proposta de alteração da reforma da Previdência?
Walter Pinheiro -
Primeiro é uma sinalização. Alguns podem considerar como um recuo, eu considero uma boa sinalização para a gente abrir um canal de negociação, algo que estava literalmente fechado. Integralidade e paridade são cruciais no enfrentamento em relação à reforma. A proposta original de cálculo [do benefício] era extremamente cruel na medida em que trabalhava com a média [dos salários].

Agência - Isso atende às reivindicações da ala à esquerda do PT?
Pinheiro
- Nossas reivindicações estavam pautadas em cinco pontos: cobrança de inativos, paridade, integralidade, fundos de pensão e pensões. Essa proposta, além da paridade e da integralidade, também traz uma coisa que a gente reivindicava, que é não trabalhar com fundos de Previdência complementar. Na minha opinião, para os atuais servidores, o fundo vai para o vinagre.

Agência - É possível negociar outros pontos também?
Pinheiro
-Eu particularmente estou descrente de que o governo vá avançar além disso. O que pode efetivamente acontecer a partir dessa proposta é o governo endurecer, principalmente na questão dos inativos, combinando dois pontos: primeiro por causa da arrecadação e outro por causa do pleito dos governadores.


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