São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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Não há sinais de crime financeiro, diz juiz federal

DA REPORTAGEM LOCAL

Em decisão de ontem, o juiz Márcio Rached Millani, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, diz que não há, "por ora, indícios de crimes contra o sistema financeiro" e de lavagem de dinheiro no caso do ex-assessor do PT do Ceará, José Adalberto Vieira da Silva, preso quando tentava embarcar com R$ 200 mil numa mala e US$ 100 mil sob as roupas.
Após a análise, Millani pediu que o processo fosse redistribuído, já que sua vara é especializada em crimes do gênero. O caso está agora na 10ª Vara Criminal Federal. Adalberto está preso no terceiro andar da custódia da Polícia Federal de São Paulo desde sexta-feira, quando foi flagrado com o dinheiro no aeroporto de Congonhas, onde pretendia embarcar para Fortaleza (CE), em vôo que teria escala em Brasília.
Ainda na sexta-feira, o ex-assessor, que trabalhava para o deputado José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente do PT José Genoino, foi indiciado pelos federais sob acusação de crimes contra o sistema financeiro e a ordem tributária, já que não trazia consigo comprovantes da operação de câmbio e de pagamento de impostos pelos US$ 100 mil.
No sábado, os advogados de Adalberto pediram o relaxamento de sua prisão. Não conseguiram, porém, apresentar uma atestado de bons antecedentes. A PF pretende quebrar o sigilo telefônico de Adalberto para rastrear suas ligações enquanto ele esteve em São Paulo. Ele teria apagado de seu celular o registro das últimas ligações que fez. (CONRADO CORSALETTE)


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