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Não há sinais de crime financeiro,
diz juiz federal
DA REPORTAGEM LOCAL
Em decisão de ontem, o juiz
Márcio Rached Millani, da 6ª
Vara Criminal Federal de São
Paulo, diz que não há, "por ora,
indícios de crimes contra o sistema financeiro" e de lavagem
de dinheiro no caso do ex-assessor do PT do Ceará, José
Adalberto Vieira da Silva, preso quando tentava embarcar
com R$ 200 mil numa mala e
US$ 100 mil sob as roupas.
Após a análise, Millani pediu
que o processo fosse redistribuído, já que sua vara é especializada em crimes do gênero.
O caso está agora na 10ª Vara
Criminal Federal. Adalberto
está preso no terceiro andar da
custódia da Polícia Federal de
São Paulo desde sexta-feira,
quando foi flagrado com o dinheiro no aeroporto de Congonhas, onde pretendia embarcar
para Fortaleza (CE), em vôo
que teria escala em Brasília.
Ainda na sexta-feira, o ex-assessor, que trabalhava para o
deputado José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente
do PT José Genoino, foi indiciado pelos federais sob acusação de crimes contra o sistema
financeiro e a ordem tributária,
já que não trazia consigo comprovantes da operação de câmbio e de pagamento de impostos pelos US$ 100 mil.
No sábado, os advogados de
Adalberto pediram o relaxamento de sua prisão. Não conseguiram, porém, apresentar
uma atestado de bons antecedentes. A PF pretende quebrar
o sigilo telefônico de Adalberto
para rastrear suas ligações enquanto ele esteve em São Paulo.
Ele teria apagado de seu celular
o registro das últimas ligações
que fez.
(CONRADO CORSALETTE)
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