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Além de tentativa de suborno, juiz aponta outros oito crimes a que Dantas responde
DA REPORTAGEM LOCAL
Daniel Dantas foi preso novamente pela Polícia Federal
por haver indícios de que ele foi
mandante da tentativa de suborno contra um delegado, mas
o banqueiro é acusado de ao
menos outras oito infrações,
segundo o despacho do juiz federal Fausto Martin de Sanctis.
A Folha entrou em contato
com a assessoria do Opportunity, que repassou o caso para
os advogados de Dantas. Procurado, o advogado Fernando
José da Costa não telefonou de
volta para comentar as acusações contra seu cliente.
Caso seja condenado por todas as acusações, o banqueiro
fica sujeito a pena de prisão
que varia de 17 a 63 anos de prisão, além de pagar multas.
O mais grave dos crimes é o
de tentativa de subornar um
delegado para proteger ele, sua
irmã e um sobrinho das investigações da operação Satiagraha. A tentativa de corromper o
delegado pode render a ele de
dois a 12 anos de prisão.
Dantas e seu grupo são acusados ainda de uso de informações privilegiadas, evasão de
divisas, lavagem de dinheiro,
gestão fraudulenta, operar instituição financeira sem autorização, formação de quadrilha,
empréstimos irregulares e tráfico de influência.
A atuação de Dantas ia desde
o envio irregular de dinheiro ao
exterior à criação de empresas
para burlar a fiscalização sobre
suas operações financeiras.
A perícia realizada em discos
rígidos de computadores do
grupo de Dantas diz que sub-fundos do Opportunity Found,
baseado no paraíso fiscal das
Ilhas Cayman, recebia recursos
de residentes no Brasil, o que
configura evasão de divisas.
O dinheiro era reinvestido
em bolsas brasileiras, diz a PF.
Os fundos e "offshores" do esquema movimentaram cerca
de R$ 3 bilhões em 2001.
Ele também fez empréstimos irregulares entre suas empresas que chegariam a quase
R$ 500 milhões.
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