DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou ontem que a tensão no campo entre ruralistas e integrantes de movimentos de trabalhadores sem terra pode prejudicar os investimentos e o agronegócio, em razão da insegurança que pode causar aos investidores.
"No longo prazo, a manutenção da tensão cria perda de expectativa e de interesse, não apenas interno, mas também externo", disse Rodrigues, sem definir qual seria esse longo prazo. Ele afirmou que, por enquanto, não houve prejuízos contabilizados nos negócios agrícolas.
"É evidente que a questão da tensão no campo e das preocupação em relação à segurança e à tranquilidade de alguma forma afetam o setor produtivo", afirmou o ministro.
O ministro voltou a defender a reforma agrária, mas dentro do "império da lei" -crítica velada às invasões de terra promovidas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
"Estamos acompanhando isso de perto com a convicção de que este país vai fazer a reforma agrária que tem de ser feita até para compensar erros passados, de governos anteriores, que produziram exclusão no campo. Mas a reforma agrária será feita dentro do império da lei, do Estado de Direito, respeitando os direitos das pessoas. Portanto não aceitando violência."
Rodrigues esteve em Porto Alegre ontem para participar de reunião do Conselho do Agronegócio e, também, da instalação da Câmara de Vitivinicultura.
(LÉO GERCHMANN)


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