DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado José Roberto Batochio, defensor do ex-ministro Antonio Palocci Filho (PT-SP), negou o envolvimento de seu cliente na violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa e disse ver uma estranha "coincidência" da conclusão do inquérito pela Polícia Federal num período eleitoral. Palocci é candidato a deputado federal por São Paulo.
Batochio disse ter enviado ontem um pedido à Justiça de Brasília para que seja anexado ao inquérito da Polícia Federal a quebra do sigilo telefônico de Palocci, concedido na semana passada.
"Estou perguntando ao juiz se ele não acha estranho que essa quebra de sigilo telefônico, tão insistentemente buscada pela polícia, tenha sido repentinamente abandonada, e o inquérito, encerrado ex abrupto", disse.
Ainda segundo ele, é importante que todas as pessoas tenham acesso às informações que só a polícia teve, as quais mostraram que seu cliente não fez nenhuma ligação, incluindo à revista "Época", relacionada à violação do sigilo do caseiro.
"A defesa tem interesse de saber o que a polícia encontrou", completou. "Se vir que não houve comunicação do Palocci com a "Época", dos jornalistas e tal, as pessoas têm que ter a dignidade de divulgar isso", afirmou.
Apesar de falar da coincidência entre o indiciamento e o calendário eleitoral, Batochio não quis dizer qual seria a motivação da polícia em querer prejudicar Palocci.
Batochio afirmou que o ex-ministro também é inocente no inquérito de Ribeirão Preto sobre as fraudes no lixo e no suposto esquema de corrupção denunciado por Rogério Buratti .


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