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JUSTIÇA
Superintendente confirma relação de prisão com morte
PF prende em MT empresário citado por juiz assassinado
ROBERTO SAMORA
da Agência Folha, em Cuiabá
O juiz de Cuiabá Jéferson Scheneider decretou anteontem a prisão temporária do empresário Josimo Guimarães, um dos acusados pelo juiz Leopoldino Marques do Amaral de participar de
um esquema de "corretagem de
sentenças" no TJ (Tribunal de
Justiça) de Mato Grosso.
Amaral foi encontrado morto
na manhã da última terça-feira
em Concepción, no Paraguai.
O juiz Amaral denunciou, em
documento entregue à CPI do Judiciário, desembargadores do TJ.
As acusações são contratações ilegais de funcionários, "venda" de
sentenças e nepotismo.
O pedido de prisão de Guimarães foi feito pelo procurador do
Ministério Público Pedro Taques.
Ontem de manhã, a Polícia Federal fez uma busca de documentos
na casa do empresário, em Chapada dos Guimarães (MT).
O empresário é filho do dono da
concessionária Rondomac, revendedora de tratores Massey
Ferguson. A casa do empresário
preso é tida como uma das mais
luxuosas do Estado. Desde o fim
da noite de anteontem, quando a
prisão foi decretada, a PF guardava o local da busca.
Guimarães foi levado para uma
cela do Batalhão de Guarda da Polícia Militar após ser interrogado
por oito horas na sede da PF.
O advogado de Guimarães, Zoroastro Teixeira, disse não saber o
motivo da prisão e afirmou que
vai tentar relaxá-la. A prisão temporária vale por dez dias. O superintendente regional interino da
PF, Jorge Luiz Bezerra, disse que a
prisão do empresário teria relação com a morte do juiz Amaral,
mas não deu mais informações.
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