São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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Dornelles pode voltar a ministério

Lula Marques - 19.dez.2000/Folha Imagem
O então ministro Francisco Dornelles (Trabalho) e o presidente FHC em solenidade em Brasília em 2000


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dois ministros que deixaram seus cargos em abril deste ano para concorrer à reeleição -ambos eram deputados licenciados- poderão voltar a seus antigos postos na reta final do governo Fernando Henrique Cardoso. São eles: Aloysio Nunes Ferreira, na Justiça, e Francisco Dornelles, no Ministério do Trabalho.
Segundo a Folha apurou no Palácio do Planalto, o presidente encara com naturalidade o retorno dos dois -a menos de três meses do final do mandato, já que saíram apenas por exigência da Lei Eleitoral. Dornelles (PPB) foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado no Rio, com 219 mil votos. Também reeleito, Aloysio (PMDB) teve 251 mil votos em São Paulo. Ficou em sétimo.
Atualmente Paulo de Tarso Ribeiro ocupa o cargo de ministro da Justiça, e Paulo Jobim comanda a pasta do Trabalho.

Outras possíveis mudanças
Além da volta de Aloysio e Dornelles, ambos reeleitos para a Câmara dos Deputados, o ministério de Fernando Henrique Cardoso pode ter outras alterações.
O ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Sergio Amaral, é cotado para assumir o cargo de representante permanente do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), no lugar do embaixador Gelson da Fonseca.
Fonseca, por sua vez, deverá ir para a Embaixada do Brasil no Chile -que está vaga há alguns meses, desde que o embaixador João Augusto Médicis foi nomeado secretário-geral da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa).
Na área econômica, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, deixa o cargo até o começo de dezembro para ocupar uma diretoria do Banco Mundial (Bird) em Washington (Estados Unidos).
Marcos Caramuru, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, deve ser indicado para a embaixada brasileira no Canadá.
O Planalto considera improvável outra especulação que está sendo feita em Brasília -a nomeação do ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, para a embaixada brasileira em Paris. Sardenberg é embaixador de carreira.
O embaixador brasileiro na capital francesa, Marcos Castrioto de Azambuja, já manifestou sua intenção de voltar para o Brasil. Entretanto, segundo a Folha apurou no Itamaraty, é pouco provável que haja tempo de uma nomeação como essa ser efetivada até o fim do ano.
Além disso, em se tratando de uma embaixada importante como a de Paris, é pouco provável que o próximo presidente não queira escolher ele mesmo o novo embaixador.
Caso Sardenberg deixe o ministério, um dos cotados para assumir o cargo na Ciência e Tecnologia é o atual líder do governo no Congresso, Arthur Virgílio (PSDB-AM).



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