São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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Petista reage à acusação de que é motivo da alta do dólar; presidente vê risco em "propostas descabeladas"

Governo brinca de terror, diz Lula; FHC critica fala pouco clara do PT

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu ontem às tentativas, feitas pelo candidato tucano José Serra e vários de seus aliados, de vincular a alta do dólar à sua eventual vitória. "O que não pode é o governo ficar brincando de fazer terrorismo com a economia brasileira, que é frágil", disse Lula, após visitar a senadora eleita Roseana Sarney (PFL-MA) em um hospital paulistano. Transferindo ao governo a responsabilidade pela crise econômica, Lula completou, antes de conhecer as medidas tomadas pelo Banco Central para conter a moeda: "O governo não pode permitir que o dólar continue assustando a sociedade brasileira".
O presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, fez restrições à suposta falta de clareza das propostas petistas na área econômica e criticou a administração paulistana do PT, durante a inauguração de trecho do Rodoanel. "A prefeitura não conseguiu colocar um tostão nessa obra. Dois terços são do Estado e um terço é federal. Não tem importância", ironizou FHC. A seguir, disse, sem citar nomes: "Não se sabe quem vai ser o próximo presidente, sobretudo qual política vai tomar. Então, os tomadores de recursos têm uma margem para fazer um certo jogo". "Para piorar, ai meu Deus, deixe ficar como está, que não está tão mal assim", afirmou FHC.


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