São Paulo, sábado, 12 de outubro de 2002

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Em Bauru, Alckmin usa gestão Marta para atacar Genoino

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADO ESPECIAL A BAURU

Impedido de participar da inauguração do Rodoanel Mário Covas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "vistoriou" ontem um hospital construído pelo Estado em Bauru (343 km de São Paulo) e, pela primeira vez na campanha do segundo turno, fez críticas ao PT e à administração de Marta Suplicy na capital paulista.
Candidato à reeleição, Alckmin afirmou que José Genoino (PT), seu adversário, não tem o direito de falar contra o rodoanel, inaugurado ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, porque a administração municipal não investiu na obra.
"É muito feio isso [críticas] de quem não contribuiu nada, não ajudou nada na obra. Aliás, a Prefeitura de São Paulo assinou um protocolo para entrar com 25% dos recursos, se comprometeu, mas não entrou com nenhum centavo", disse. A Prefeitura de São Paulo se retirou da obra na gestão de Celso Pitta (1997-2000), alegando falta de verbas.
A estratégia tucana para tentar neutralizar eventuais ataques ao governo do Estado na campanha será apontar possíveis erros na gestão de Marta Suplicy (PT).
O Hospital Regional de Bauru será aberto à população no mês que vem e terá capacidade para quase 400 leitos. A "vistoria", como o compromisso foi oficialmente denominado pelo governo, aconteceu praticamente no mesmo momento em que o Rodoanel Mário Covas era inaugurado, por volta das 11h.
Pela legislação eleitoral, Alckmin está impedido de participar de inaugurações. O rodoanel, que interliga cinco importantes rodovias em torno da capital, é a principal vitrine da campanha do tucano. "Foi uma obra feita com enorme sacrifício, dois terços do governo de São Paulo e um terço do governo federal", afirmou.
Antes da cerimônia na qual o Estado transferiu para a Unesp (Universidade Estadual Paulista) a administração do hospital, o prefeito de Bauru, Nilson Costa (PPS), que teria declarado apoio a Genoino, foi vaiado por tucanos.


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