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Em Bauru, Alckmin usa gestão Marta para atacar Genoino
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADO ESPECIAL A BAURU
Impedido de participar da inauguração do Rodoanel Mário Covas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) "vistoriou" ontem
um hospital construído pelo Estado em Bauru (343 km de São Paulo) e, pela primeira vez na campanha do segundo turno, fez críticas
ao PT e à administração de Marta
Suplicy na capital paulista.
Candidato à reeleição, Alckmin
afirmou que José Genoino (PT),
seu adversário, não tem o direito
de falar contra o rodoanel, inaugurado ontem pelo presidente
Fernando Henrique Cardoso,
porque a administração municipal não investiu na obra.
"É muito feio isso [críticas] de
quem não contribuiu nada, não
ajudou nada na obra. Aliás, a Prefeitura de São Paulo assinou um
protocolo para entrar com 25%
dos recursos, se comprometeu,
mas não entrou com nenhum
centavo", disse. A Prefeitura de
São Paulo se retirou da obra na
gestão de Celso Pitta (1997-2000),
alegando falta de verbas.
A estratégia tucana para tentar
neutralizar eventuais ataques ao
governo do Estado na campanha
será apontar possíveis erros na
gestão de Marta Suplicy (PT).
O Hospital Regional de Bauru
será aberto à população no mês
que vem e terá capacidade para
quase 400 leitos. A "vistoria", como o compromisso foi oficialmente denominado pelo governo, aconteceu praticamente no
mesmo momento em que o Rodoanel Mário Covas era inaugurado, por volta das 11h.
Pela legislação eleitoral, Alckmin está impedido de participar
de inaugurações. O rodoanel, que
interliga cinco importantes rodovias em torno da capital, é a principal vitrine da campanha do tucano. "Foi uma obra feita com
enorme sacrifício, dois terços do
governo de São Paulo e um terço
do governo federal", afirmou.
Antes da cerimônia na qual o
Estado transferiu para a Unesp
(Universidade Estadual Paulista)
a administração do hospital, o
prefeito de Bauru, Nilson Costa
(PPS), que teria declarado apoio a
Genoino, foi vaiado por tucanos.
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