DA SUCURSAL DO RIO

O candidato derrotado do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, afirmou ontem à noite em ato que contou com a participação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva que seu partido irá expulsar militantes que declararem apoio a José Serra (PSDB).
"Aqui não tem meio termo. Hoje [ontem" nós deliberamos, durante uma reunião, que quem do PSB apoiar outra candidatura será expulso do partido", afirmou.
De tarde, o ex-governador do Rio se reuniu com líderes evangélicos, mas não houve acordo sobre quem eles apoiarão no segundo turno da eleição presidencial.
No primeiro turno, as igrejas evangélicas, em bloco, acompanharam Garotinho. Para o segundo turno, cada denominação decidirá individualmente seu rumo, o que não impede acordos entre algumas delas para apoiar um candidato ou outro.
Garotinho voltou a declarar apoio ao candidato do PT. Ele disse, ao final da reunião, que não chegou a pedir o voto dos religiosos para o petista e que se deu por satisfeito ao conseguir "neutralizar a debandada para Serra".
O pastor Carlos William, deputado federal eleito pelo PST de Minas Gerais e membro da igreja Evangelho Quadrangular, disse que há restrições aos dois presidenciáveis. Os evangélicos temem que Lula legalize totalmente o casamento homossexual e o aborto.
Contra Serra, também há restrições do gênero, como o temor de liberação do aborto e as campanhas contra a Aids feitas pelo Ministério da Saúde -que promovem o "sexo livre e a relação homossexual", para o deputado.

Campanha
Lula, no discurso à noite, ofereceu ao PSB uma participação mais efetiva em sua campanha: "Vocês estão convidados a ajudar não apenas na eleição, mas a governar o país". O evento, que reuniu dirigentes do PSB do Rio na ABI (Associação Brasileira de Imprensa), serviu para ratificar o apoio de Garotinho a Lula no Estado. (ANTÔNIO GOIS, FERNANDA DA ESCÓSSIA E SABRINA PETRY)



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