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PRESIDENTE
Em encontro com Garotinho, líderes decidem que não haverá apoio em bloco
Evangélicos se dividem sobre 2º turno
FERNANDA DA ESCÓSSIA
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de uma reunião ontem
com o candidato derrotado do
PSB à Presidência, Anthony Garotinho, líderes de igrejas evangélicas anunciaram que não houve
acordo sobre quem eles vão
apoiar no segundo turno.
No primeiro turno, as igrejas
evangélicas, em bloco, acompanharam Garotinho. Para o segundo turno, cada denominação deverá decidir individualmente seu
rumo -o que não impede acordos entre algumas igrejas para
apoiar um candidato ou outro.
Garotinho voltou a declarar
apoio ao petista Luiz Inácio Lula
da Silva. Ele disse, ao final da reunião, que não chegou a pedir o voto dos religiosos para o petista e
que se deu por satisfeito ao conseguir "neutralizar a debandada para [José" Serra [PSDB]".
"Quando cheguei aqui, encontrei quase uma unanimidade pró-Serra, mas eu falei para eles: "Desse jeito, vocês vão me desmoralizar". Dessa forma, consegui que as intenções ficassem meio a meio."
Participaram do encontro 23 líderes evangélicos e parlamentares de sete igrejas: Assembléia de
Deus, Presbiteriana, Batista, Igreja Universal do Reino de Deus, Sara Nossa Terra, Quadrangular e
Centro Evangelístico de Niterói.
Alguns representavam entidades
como a Adhonep (Associação de
Homens de Negócio do Evangelho Pleno) e a Omeb (Ordem dos
Ministros Evangélicos do Brasil).
Falando em nome do grupo, o
pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, disse que o consenso foi impossível porque a unanimidade entre eles era Garotinho.
"Agora queremos Garotinho
2006", disse Isaías de Souza Maciel, presidente da Omeb.
Até agora, uma das duas convenções da Assembléia de Deus, a
de Madureira, declarou apoio a
Serra. As principais lideranças
políticas da Universal apóiam Lula e tentam costurar um acordo
pró-Lula com as demais igrejas
evangélicas.
"Esse resultado foi até positivo.
Todos pelo Lula era difícil, e o
meu temor era que fossem todos
para o Serra", afirmou o coordenador político da Universal, deputado federal Bispo Rodrigues
(PL-RJ), que não foi à reunião. Ele
disse que participou ontem de um
encontro com parlamentares
evangélicos para tornar público
um manifesto pró-Lula.
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