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OUTRO LADO
Leão afirma que ficará surpreso se for afastado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O gaúcho Moacir Leão, 41,
corregedor da Receita Federal,
disse que ficará surpreso se vier
a ser afastado do cargo. Mas
ressalvou: "Não creio que isso
vá ocorrer. Se acontecer, vou
me resignar e acatar a decisão.
Não roubei nem fiz nada de errado. Tenho a convicção de que
apenas cumpro o meu dever".
Na opinião de Leão, para chegar "ao limite" de seu afastamento, "seria preciso rasgar o
decreto" que lhe assegura autonomia de ação e mandato administrativo até junho de 2005.
De resto, diz ele, "um corregedor só pode ser afastado se
condenado em processo administrativo ou judicial".
Leão não receia a abertura de
inquérito da Polícia Federal para apurar vazamento de informações confidenciais no âmbito da Corregedoria. Disse: "Repilo com veemência a insinuação de que eu teria passado para a imprensa dados sigilosos.
Não divulguei nem as fitas que
contêm diálogos de pessoas
que revelam um ódio contra
mim. Mas ainda que o tivesse
feito, não teria feito nada além
de agir em defesa própria".
Instado a responder as razões
que levaram à inclusão do auditor Leonardo Couto, secretário-adjunto da Receita, na lista
de pessoas que tiveram o sigilo
telefônico quebrado, Leão disse: "Quem inclui pessoas na lista não é a Corregedoria. Esses
pedidos são formulados pelo
Ministério Público e autorizados pelo Judiciário".
Leão foi alçado ao posto de
corregedor em junho de 2002.
Indicado pelo então secretário
da Receita, Everardo Maciel, foi
nomeado em ato assinado pelo
ex-ministro Pedro Malan (Fazenda). Antes, era o braço direito do antigo corregedor, José
Oleskoviscz, um funcionário
avesso à publicidade.
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