São Paulo, quarta-feira, 12 de outubro de 2005
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PAINEL Barriga cheia Primeiro, o líder do PSDB na Câmara apóia a renúncia dos "mensaleiros". Agora, o ministro Jaques Wagner elogia a "sensatez" do PFL, que optou por manter a suspeita de lobby praticado pelo irmão do presidente longe das CPIs em curso. E Lula ainda reclama da oposição. O amor é lindo A acareação entre os deputados Raquel Teixeira (PSDB-GO) e Sandro Mabel (PL-GO) incluiu momentos de doçura. Ela agradeceu a ele por ter mantido o emprego de seu neto na empresa da família. Ele respondeu que sua maior tristeza nesta crise é não poder mais abraçá-la. Trocando as bolas Do relator Benedito Lira (PP-PE), na acareação fechada de ontem: "Gostaria de continuar com minhas perguntas para a deputada Sandra Mabel". Questão familiar No dilema entre renunciar ou não partilhado com seus colegas petistas, Professor Luizinho (SP) enfrenta um drama adicional: sua mulher quer porque quer que ele enfrente tudo até o fim. Pela raiz 1 Diante da ameaça de salvar um ou outro nome da "lista dos 13" na reunião da Mesa, José Thomaz Nonô (PFL-AL) avisou: "O primeiro que abrir voto, vou argüir a suspeição em plenário. A Mesa não faz juízo de valor". A manobra morreu ali. Pela raiz 2 Outro argumento usado na reunião, dessa vez por Inocêncio Oliveira (PL-PE): se a Mesa tirasse do processo três ou quatro deputados, seria o mesmo que assinar o atestado de culpa dos outros nove ou dez. Propositivo Passado o suspense em torno da abertura ou não de processos contra os 13, Aldo Rebelo incumbiu Nonô de elaborar estudo para alterar a legislação que define as funções da Corregedoria e do Conselho de Ética. Mal menor Ao obstruir a votação da MP do Bem, a liderança do governo na Câmara argumentou que Lula enfrentaria desgaste com diversos setores se tivesse de vetar as "bondades extras" incluídas na medida pela oposição. Bem pior Um governista, porém, lamentava o desfecho da sessão de ontem na Câmara: "Agora o desgaste será com todos os setores. Cometemos eutanásia e matamos nossa própria criatura". Tudo menos isso Diante do enguiço na Câmara, líderes aliados já temem pela viabilidade de votar o fim da verticalização das alianças eleitorais, de interesse quase geral, ainda neste ano. Querem construir um acordo com a oposição que garanta seu debate na primeira quinzena de novembro. Joelho na porta Reunidos na segunda-feira, credores estatais da Varig como Banco do Brasil, Infraero e BR Distribuidora cobraram do governo urgência na negociação de uma saída para a crise da empresa. O vice-presidente, José Alencar, recebeu a missão de levar a reivindicação a Lula. Fumaça branca O estica-e-puxa entre os governos federal e paulista a propósito do saneamento dos mananciais do Alto Tietê parece caminhar para bom termo. A secretaria de Energia ajustou o projeto, que teve seu custo reduzido. O Ministério do Planejamento já examina a nova versão. Visita à Folha Ary Oswaldo Mattos Filho, diretor da Escola de Direito de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Leandro Silveira Pereira, coordenador-executivo da GVlaw, e de Alberto Morelli, assessor de imprensa. TIROTEIO Do deputado federal Pauderney Avelino (PFL-AM), sobre o fracasso registrado ontem na votação da medida provisória 252, a chamada MP do Bem: -O governo tinha a faca e o queijo na mão para aprovar uma medida que lhe renderia discurso positivo por um ano inteiro. Mas é inútil tentar: definitivamente, Lula e o PT não sabem fazer o bem. CONTRAPONTO Bem básico
Há duas semanas, o ministro
das Comunicações, Hélio Costa,
reuniu-se com representantes
de empresas de telefonia fixa para discutir a adoção de uma assinatura básica mais barata, destinada a famílias com renda mensal de até três salários mínimos. |
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