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Acareação dura 5 horas e não esclarece caso Mabel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A acareação entre os deputados
Sandro Mabel (PL-GO) e Raquel
Teixeira (PSDB-GO) não trouxe
fatos novos ao processo por quebra de decoro movido contra o
congressista do PL. Essa é a avaliação dos integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
que participaram da sessão fechada, realizada ontem.
Apesar de ter durado cinco horas, a acareação não surtiu o efeito
esperado, concluíram os deputados. Os congressistas tinham como objetivo avaliar as versões de
Raquel e Mabel sobre a denúncia
apresentada pela deputada.
Raquel afirma que, em fevereiro
de 2004, Mabel ofereceu R$ 30 mil
mensais para que ela trocasse o
PSDB pelo PL, para integrar a base aliada. Diz ainda que ele teria
oferecido R$ 1 milhão a mais para
que a deputada mantivesse a fidelidade ao governo. Mabel nega.
Alguns congressistas avaliaram
que o formato da acareação comprometeu o resultado. A sessão
foi fechada e os deputados não se
sentaram frente a frente -ficaram de lado, separados pelo presidente Ricardo Izar e pelo relator,
deputado Benedito Lira (PP-AL).
"Os dois se saíram bem. Esse é o
problema da acareação, é a palavra de um contra a do outro", afirmou Izar.
Alguns deputados, contudo,
avaliaram que a deputada Raquel
Teixeira aparentou mais segurança. "Eu acho que ela estava mais
tranqüila que ele [Mabel]", disse o
deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG).
(ADRIANO CEOLIN)
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