São Paulo, quarta-feira, 12 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Acareação dura 5 horas e não esclarece caso Mabel

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A acareação entre os deputados Sandro Mabel (PL-GO) e Raquel Teixeira (PSDB-GO) não trouxe fatos novos ao processo por quebra de decoro movido contra o congressista do PL. Essa é a avaliação dos integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que participaram da sessão fechada, realizada ontem.
Apesar de ter durado cinco horas, a acareação não surtiu o efeito esperado, concluíram os deputados. Os congressistas tinham como objetivo avaliar as versões de Raquel e Mabel sobre a denúncia apresentada pela deputada.
Raquel afirma que, em fevereiro de 2004, Mabel ofereceu R$ 30 mil mensais para que ela trocasse o PSDB pelo PL, para integrar a base aliada. Diz ainda que ele teria oferecido R$ 1 milhão a mais para que a deputada mantivesse a fidelidade ao governo. Mabel nega.
Alguns congressistas avaliaram que o formato da acareação comprometeu o resultado. A sessão foi fechada e os deputados não se sentaram frente a frente -ficaram de lado, separados pelo presidente Ricardo Izar e pelo relator, deputado Benedito Lira (PP-AL). "Os dois se saíram bem. Esse é o problema da acareação, é a palavra de um contra a do outro", afirmou Izar.
Alguns deputados, contudo, avaliaram que a deputada Raquel Teixeira aparentou mais segurança. "Eu acho que ela estava mais tranqüila que ele [Mabel]", disse o deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG). (ADRIANO CEOLIN)


Texto Anterior: Escândalo do "mensalão"/Hora das cassações: Prazo para a renúncia de acusados vai até segunda
Próximo Texto: PT tenta adiar abertura de processo no conselho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.