São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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outro lado

Petista afirma que aumentou investimentos em saúde e reduziu as taxas de mortalidade

Luiz Carlos Murauskas - 16.dez.04/Folha Imagem
Marat Suplicy durante visita a UBS em Parelheiros, em 2004

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de imprensa da campanha de Marta Suplicy (PT) respondeu, por e-mail, que a gestão da candidata reduziu as taxas de mortalidade infantil e materna. O não-cumprimento dessas metas foi criticado pelo TCM (Tribunal de Contas do Município). Segundo a assessoria, a gestão de Marta aumentou "em mais de 150%" o investimento na saúde entre os anos de 2001 e 2004.
"De 2001 a 2004, a mortalidade infantil caiu de 15,79 para 14,00 por 1.000 nascidos vivos; a materna de 55 para 35,1 por 100.000 nascidos vivos, e o PSF [Programa de Saúde da Família] atingiu 800 equipes. A saúde bucal estava abandonada. Desde o tempo de Luiza Erundina [1989-1993] não se contratava um dentista na cidade. (...) A gestão Marta contratou 243 dentistas e cem profissionais técnicos", disse a assessoria.
Sobre a criação de instrumentos de planejamento do SUS, a assessoria informou que "isso não foi possível à época, e a atual gestão [Kassab] não o fez (...) Marta cumpriu com o fundamental, a garantia de um percentual de verbas à saúde segundo a emenda constitucional 29 e monitorou os gastos".
A assessoria da candidata defendeu a performance de Marta na questão da saúde, citando aumento dos recursos destinados à área ao longo dos quatro anos de gestão. "O financiamento da saúde iniciou uma curva ascendente, ao longo da gestão: em 2001 os recursos do tesouro foram da ordem de R$ 906 milhões, contra R$ 1,6 bilhão em 2004 (...) Da mesma forma, com a volta ao SUS, os recursos federais evoluíram de R$ 108 milhões em 2001 para R$ 375 milhões em 2004. Somando os recursos da Gestão Plena (destinados ao pagamento dos serviços contratados e conveniados como SUS), em 2004 a secretaria de Saúde executou R$ 2,5 bilhões, contra R$ 1,014 bilhão em 2001"
A assessoria citou que a prefeita enfrentou vários problemas na saúde ao assumir o cargo. "Enfrentou e venceu grandes desafios: extinguir o PAS [plano da gestão de Celso Pitta], implantar o SUS, refazer o tecido organizacional -a SMS contava em 2001 com perto de 12 mil funcionários, e, em 2004, deixou mais de 52 mil atendendo a população- construir o processo de participação popular na gestão, com a reconstrução do Conselho Municipal de Saúde, (...) dar vida ao Fundo Municipal de Saúde e aperfeiçoar o controle e a fiscalização de receitas e despesas".
Em seu livro "Minha Vida de Prefeita" (editora Agir, 214 págs.), a ex-prefeita dedicou 12 páginas para o capítulo "SOS Saúde". A prefeita pintou o quadro que encontrou na saúde em cores dramáticas: "O PAS estava moribundo, os funcionários abandonando o barco, as contas explodindo em delegacia de polícia".
A candidata petista descreve a fase de transição, com o desmantelamento do PAS, até falar da implantação do PSF, que ela chamou de "menina-dos-olhos" de sua gestão na prefeitura. O não-cumprimento de metas do PSF é um dos pontos criticados pelos auditores do Tribunal de Contas. (RV)



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