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outro lado
Petista afirma que aumentou investimentos em saúde e reduziu as taxas de mortalidade
Luiz Carlos Murauskas - 16.dez.04/Folha Imagem
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Marat Suplicy durante visita a UBS em Parelheiros, em 2004
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de imprensa da
campanha de Marta Suplicy
(PT) respondeu, por e-mail,
que a gestão da candidata reduziu as taxas de mortalidade infantil e materna. O não-cumprimento dessas metas foi criticado pelo TCM (Tribunal de
Contas do Município). Segundo a assessoria, a gestão de
Marta aumentou "em mais de
150%" o investimento na saúde
entre os anos de 2001 e 2004.
"De 2001 a 2004, a mortalidade infantil caiu de 15,79 para
14,00 por 1.000 nascidos vivos;
a materna de 55 para 35,1 por
100.000 nascidos vivos, e o PSF
[Programa de Saúde da Família] atingiu 800 equipes. A saúde bucal estava abandonada.
Desde o tempo de Luiza Erundina [1989-1993] não se contratava um dentista na cidade. (...)
A gestão Marta contratou 243
dentistas e cem profissionais
técnicos", disse a assessoria.
Sobre a criação de instrumentos de planejamento do
SUS, a assessoria informou que
"isso não foi possível à época, e
a atual gestão [Kassab] não o
fez (...) Marta cumpriu com o
fundamental, a garantia de um
percentual de verbas à saúde
segundo a emenda constitucional 29 e monitorou os gastos".
A assessoria da candidata defendeu a performance de Marta
na questão da saúde, citando
aumento dos recursos destinados à área ao longo dos quatro
anos de gestão. "O financiamento da saúde iniciou uma
curva ascendente, ao longo da
gestão: em 2001 os recursos do
tesouro foram da ordem de R$
906 milhões, contra R$ 1,6 bilhão em 2004 (...) Da mesma
forma, com a volta ao SUS, os
recursos federais evoluíram de
R$ 108 milhões em 2001 para
R$ 375 milhões em 2004. Somando os recursos da Gestão
Plena (destinados ao pagamento dos serviços contratados e
conveniados como SUS), em
2004 a secretaria de Saúde executou R$ 2,5 bilhões, contra
R$ 1,014 bilhão em 2001"
A assessoria citou que a prefeita enfrentou vários problemas na saúde ao assumir o cargo. "Enfrentou e venceu grandes desafios: extinguir o PAS
[plano da gestão de Celso Pitta], implantar o SUS, refazer o
tecido organizacional -a SMS
contava em 2001 com perto de
12 mil funcionários, e, em 2004,
deixou mais de 52 mil atendendo a população- construir o
processo de participação popular na gestão, com a reconstrução do Conselho Municipal de
Saúde, (...) dar vida ao Fundo
Municipal de Saúde e aperfeiçoar o controle e a fiscalização
de receitas e despesas".
Em seu livro "Minha Vida de
Prefeita" (editora Agir, 214
págs.), a ex-prefeita dedicou 12
páginas para o capítulo "SOS
Saúde". A prefeita pintou o
quadro que encontrou na saúde
em cores dramáticas: "O PAS
estava moribundo, os funcionários abandonando o barco, as
contas explodindo em delegacia de polícia".
A candidata petista descreve
a fase de transição, com o desmantelamento do PAS, até falar
da implantação do PSF, que ela
chamou de "menina-dos-olhos" de sua gestão na prefeitura. O não-cumprimento de
metas do PSF é um dos pontos
criticados pelos auditores do
Tribunal de Contas.
(RV)
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