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Alencar almoça com Albuquerque, que deve ficaar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente e ministro da
Defesa, José Alencar, deu mais
uma demonstração de que o general Francisco Albuquerque será
mantido no comando do Exército. Alencar almoçou ontem no
Quartel General do Exército com
Albuquerque e todo o Alto Comando da Força.
Estavam presentes todos os 15
generais de quatro estrelas (generais-de-exército), incluindo Albuquerque, e mais os principais assessores diretos do comandante,
como o general João Gabriel Esper, chefe do Cecomsex (Centro
de Comunicação Social do Exército), pivô da crise que resultou na
queda do então ministro da Defesa José Viegas.
No almoço, que foi no terraço
do prédio principal do QG, Alencar contou sua trajetória pessoal,
empresarial e política, ilustrando
com "casos mineiros".
A reunião do Alto Comando já
estava previamente agendada, e
Alencar combinou com o comandante Albuquerque que aproveitaria a oportunidade para dar
"uma demonstração de apreço
pelo Exército".
Conforme a Folha apurou, o
Exército começou a substituir,
discretamente, seus quadros que
servem no Ministério da Defesa e
que trabalharam junto ao ex-ministro Viegas. Essa operação está
sendo encarada como "limpeza
de área", para cercar o novo ministro de uma equipe "descontaminada" pelo clima ruim entre
Exército e Defesa.
Os dois lados estão em atrito
desde as discussões para aumento
do soldo. As relações azedaram de
vez com a publicação de um texto
do Exército considerado de defesa
da ditadura militar (1964-1985) e
até dos seus órgãos de repressão.
O texto foi escrito pelo Cecomsex.
Viegas caiu, mas ficou um suspense sobre a permanência ou
não do comandante da Força.
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